São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2008

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Com morte de seqüestrador, polícia pode livrar PMs de indiciamento por homicídio

ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO

Com a morte do assaltante Jefferson Soares Leal, 18, a polícia pode livrar os quatro PMs participantes da ação na zona norte do Rio que culminou na morte do administrador de empresas Luiz Carlos Soares da Costa, 36, de indiciamento sob acusação de homicídio. Leal morreu ontem no Hospital Geral de Bonsucesso.
O delegado José de Moraes Ferreira, responsável pelo caso, considera que se trata de um caso de latrocínio (roubo seguido de morte) e de tentativa de homicídio contra os policiais. As acusações são contra Leal.
Costa, funcionário da Infoglobo, foi mantido refém por Leal em seu próprio carro na noite de segunda e morto a tiros na perseguição policial. Os policiais, que fizeram dez disparos contra o Siena e disseram acreditar que ambos eram criminosos, permanecem no inquérito como testemunhas.
De acordo com Ferreira, mesmo se a perícia encontrar uma bala da PM no corpo de Costa, os policiais podem escapar do indiciamento. Para ele, Leal deve ser considerado o responsável pela morte do administrador, já que o manteve refém e o expôs à perseguição policial e à troca de tiros.
O delegado afirma que a morte de Leal "agiliza" o inquérito, já que a pessoa apontada como o autor do crime morreu.
A polícia espera receber hoje o laudo cadavérico e o exame de balística dos projéteis encontrados no carro.
Caso a forma como Costa foi retirado do carro seja considerada determinante para a sua morte, os policiais podem responder por homicídio culposo. Baleados, vítima e assaltante foram puxados pelos pé sem nenhum cuidado pelos PMs.


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