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Com morte de seqüestrador, polícia pode livrar PMs de indiciamento por homicídio
ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO
Com a morte do assaltante
Jefferson Soares Leal, 18, a polícia pode livrar os quatro PMs
participantes da ação na zona
norte do Rio que culminou na
morte do administrador de empresas Luiz Carlos Soares da
Costa, 36, de indiciamento sob
acusação de homicídio. Leal
morreu ontem no Hospital Geral de Bonsucesso.
O delegado José de Moraes
Ferreira, responsável pelo caso,
considera que se trata de um
caso de latrocínio (roubo seguido de morte) e de tentativa de
homicídio contra os policiais.
As acusações são contra Leal.
Costa, funcionário da Infoglobo, foi mantido refém por
Leal em seu próprio carro na
noite de segunda e morto a tiros na perseguição policial. Os
policiais, que fizeram dez disparos contra o Siena e disseram
acreditar que ambos eram criminosos, permanecem no inquérito como testemunhas.
De acordo com Ferreira,
mesmo se a perícia encontrar
uma bala da PM no corpo de
Costa, os policiais podem escapar do indiciamento. Para ele,
Leal deve ser considerado o
responsável pela morte do administrador, já que o manteve
refém e o expôs à perseguição
policial e à troca de tiros.
O delegado afirma que a morte de Leal "agiliza" o inquérito,
já que a pessoa apontada como
o autor do crime morreu.
A polícia espera receber hoje
o laudo cadavérico e o exame de
balística dos projéteis encontrados no carro.
Caso a forma como Costa foi
retirado do carro seja considerada determinante para a sua
morte, os policiais podem responder por homicídio culposo.
Baleados, vítima e assaltante
foram puxados pelos pé sem
nenhum cuidado pelos PMs.
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