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Letalidade no RS supera a da Argentina
Taxa de mortalidade da gripe A no Estado é de 5,22%; Argentina, 2º país em mortes, registra 4,49%, e OMS contabiliza 0,45% no mundo
Secretário da Saúde do RS diz que quantidade de mortes pela gripe A não supera o verificado por outras doenças respiratórias no Estado
PABLO SOLANO
DA AGÊNCIA FOLHA
O vírus A (H1N1), da chamada gripe suína, apresenta uma
taxa de letalidade de 5,22% no
Rio Grande do Sul, de acordo
com os números oficiais até
agora divulgados, o que a torna
uma das maiores do mundo.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, há ao menos 134
casos confirmados e 7 mortes.
Nos Estados Unidos, primeiro país em número de óbitos, a
taxa é de apenas 0,57%
-37.246 registros e 211 mortes,
conforme dados do governo
americano do dia 10. A Argentina, a segunda no ranking, tem
4,49% de letalidade- 3.056 casos, com 137 mortes até dia 13,
segundo o ministério local.
O secretário da Saúde do Rio
Grande do Sul, Osmar Terra,
diz acreditar que o número de
infectados em todo o Estado já
supere mil -a defasagem, afirma, deve-se à demora no resultado de exames e ao fato de pessoas com quadro mais leve não
entrarem nas estatísticas.
Segundo ele, se contados esses casos estimados, a letalidade da doença no RS se aproxima do índice mundial, calculado pela OMS (Organização
Mundial da Saúde) -0,45%, segundo o balanço do dia 6, o
mais recente: 94.512 casos e
429 mortes.
Outras doenças
O secretário Terra afirma
que o Estado já enfrenta uma
epidemia da doença. E diz que a
gripe suína tende a se tornar
mais recorrente que a versão
sazonal.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde investiga
atualmente indícios de surtos
nas cidades de São Martinho da
Serra (3.409 habitantes) e em
Linha Nova (1.488).
O secretário afirma que o número de mortes não supera o
verificado todos os anos por outras doenças respiratórias no
Estado. Mas, diz ele, a gripe A
aumentará a demanda pela rede de pronto atendimento.
Por isso, afirma, é preciso
evitar que a "gripe psicológica"
(o temor das pessoas por causa
da divulgação das mortes) aumente de forma desnecessária
a busca pelas unidades.
Problemas
Em razão de superlotação, o
Husm (Hospital Universitário
de Santa Maria), referência para a gripe A na região central do
Estado, por exemplo, suspendeu o pronto atendimento ao
público para se concentrar nos
possíveis infectados pelo H1N1.
Outros casos só podem ser
atendidos se existir risco de
morte ou se um médico de fora
do hospital encaminhar um paciente em situação urgente.
O Ministério da Saúde orienta pessoas com sintomas leves a
procurarem postos de saúde ou
médicos privados, para evitar a
superlotação dos hospitais de
referência.
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