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29% dos ônibus não fazem inspeção veicular na capital
Entre os veículos movidos a diesel, 41% não foram submetidos à inspeção
Quase a metade da frota com placas 1, 2 e 3 não fez vistoria e será alvo de blitze semanais da prefeitura e da polícia
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO
Quase a metade dos veículos com placas final 1, 2 e 3,
que deveriam ter feito a inspeção veicular ambiental até
30 de junho, não fizeram, incluindo 29% da frota de ônibus da cidade de São Paulo.
Segundo a Secretaria Municipal do Verde e do Meio
Ambiente, de 1,335 milhão de
veículos esperados (motos,
carros, ônibus, caminhões e
caminhonetes), 628,5 mil
não compareceram (47%).
Esse contingente está sujeito a uma multa de R$ 550 e
à fiscalização que a secretaria e Polícia Militar vão fazer
a partir de segunda-feira.
Serão quatro blitze por semana em locais variados, em
todas as regiões da cidade.
Ontem e anteontem, foram
realizadas operações específicas para motocicletas.
Do total de motos que deveriam ter feito a inspeção
até junho, 64,3% não compareceram. O percentual é bem
maior que o de carros, por
exemplo (44,7%).
Entre os ônibus, de 9.062
registrados na cidade, 2.633
não fizeram a inspeção. No
total de veículos movidos a
diesel, 41% não foram inspecionados -dos que foram,
38% não passaram no teste.
"Pela idade desse tipo de
frota, é natural que haja um
grande índice de reprovados,
diz Evangelina Vormittag,
médica especialista em poluição atmosférica e diretora
do Instituto Saúde e Sustentabilidade, de São Paulo.
BAIXA ADESÃO
Para ela, a baixa adesão
pode ter três motivos. Um deles seria a falta de fiscalização, agora reforçada.
Outro motivo, diz, é a divulgação insuficiente, já que
o universo de veículos obrigados a fazer a inspeção mudou -agora, todos precisam
passar pela inspeção, enquanto no ano passado a
obrigação era para aqueles
fabricados entre 2003 e 2008.
Outro fator, acredita, pode
ser a taxa de inspeção (R$
56,44), que ela acha que deveria ser bancada pela prefeitura. "Não é só as classes A e
B que têm carro", afirma.
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