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Escolas não têm como voltar às aulas após chuvas em AL
19 cidades afirmam que não terão estrutura para atender 52 mil alunos
Aulas estão suspensas desde as inundações do mês passado; governo federal promete enviar auxílio financeiro
ELIDA OLIVEIRA
DE SÃO PAULO
Danificadas pelas fortes
chuvas do mês passado ou
transformadas em abrigos,
escolas de 19 cidades em Alagoas estão sem condições de
receber os 52 mil alunos que
deveriam retornar às aulas
após o recesso de julho.
O governo ainda não tem
previsão de quando deverá
retomar as aulas.
A situação se repete em
Pernambuco, outro Estado
afetado pelas cheias de junho, que mataram ao menos
46 pessoas na região.
Só na rede estadual de Alagoas, 10 mil alunos de 17 escolas não têm como voltar às
aulas. Cinco unidades foram
totalmente destruídas.
O levantamento das escolas municipais do Estado está sendo concluído.
Segundo o secretário da
Educação de Alagoas, Rogério Auto Teófilo, em colégios
que servem de abrigo, as aulas serão retomadas assim
que as famílias saírem. Com
as chuvas, as férias de julho
foram antecipadas.
"Tem lugares que não sobrou uma carteira, um móvel, um livro. A água levou
tudo", diz Teófilo.
O Ministério da Educação
se comprometeu a liberar R$
34 milhões para as escolas
estaduais alagoanas e R$ 44
milhões para as municipais.
PERNAMBUCO
A volta às aulas em Pernambuco vai atrasar o calendário de 23 das 50 escolas
atingidas em 21 cidades.
O balanço é da Secretaria
da Educação de Pernambuco
e se refere somente às escolas
estaduais das áreas atingidas. De acordo com a secretaria, o número ainda pode aumentar, já que 30 escolas ainda não enviaram os dados.
O calendário previa o retorno na próxima segunda-feira. Vão manter esta data 27
escolas. Outras 11 voltam na
semana seguinte.
O atraso se deve à remoção
de famílias desabrigadas,
que ainda ocupam dez escolas, e a planos de reconstrução de novas unidades.
Para a secretária-executiva Margareth Zapone, a situação é pior em Barreiros
(114 km de Recife), onde não
há espaço disponível para
realocar os alunos.
Na cidade, a secretária vai
construir dez novas salas de
aula em uma escola não danificada. As obras deverão
ser concluídas no fim do mês.
O ministério anunciou que
vai destinar às cidades de
Pernambuco R$ 77 milhões
para reconstruir, equipar e
comprar materiais didáticos
para escolas. A rede estadual
vai receber R$ 33 milhões.
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