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BICHOS
Falta sangue para transfusão
DE SÃO PAULO
Cachorros e gatos também
podem precisar de transfusão de sangue, material que
está em falta nas clínicas veterinárias.
Na zona leste de São Paulo, o hemocentro Hemovet
comercializa cerca de 120
bolsas (com 450 ml) por mês,
mas avalia que deixa de atender a cerca de 60 pedidos de
clínicas particulares.
O BSVet, na Pompeia, não
consegue atender nem à metade da demanda, segundo o
veterinário Rafael Galesco.
Segundo ele, fatores como
tamanho do animal (que precisa ser de grande porte), ser
saudável e calmo e a resistência de alguns donos tornam
mais difícil a formação de estoque. A retirada do sangue,
gratuita, dura cerca de dez
minutos.
A falta de bolsas de sangue
é mais problemática em clínicas menores. O veterinário
Fábio Bianchi, da Zoovet, na
Vila Mariana, diz que, em
cerca de metade das emergências em que a transfusão
é necessária, não consegue
sangue para o procedimento.
Nesses casos, o próprio dono do animal tenta com conhecidos uma solução. "Às
vezes o proprietário tem um
vizinho que ajuda doando o
sangue de seu cão", diz.
No entanto, existe o risco
de incompatibilidade sanguínea (10% dos casos) e de o
sangue estar contaminado
por algum parasita, especialmente de doenças transmitidas por carrapatos, como babesia. Já o sangue vindo de
hemocentros passa por uma
série de testes.
A recomendação é, em caso de acidente, levar o animal para um hospital grande, que costuma ter estoque
devido ao grande número de
atendimentos.
Uma bolsa de sangue, que
pode ser armazenada por 30
dias, custa R$ 300.
(VANESSA CORREA E ALESSANDRA BALLES)
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