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Prefeitura diz que SP não tem como absorver mudança
DA REPORTAGEM LOCAL
O responsável pela área de
saúde mental da Prefeitura de
São Paulo, Roberto Tykanori
Kinoshita, afirmou durante
evento ontem no Conselho Regional de Psicologia que a cidade não tem capacidade para suportar uma redução de leitos
psiquiátricos.
Em razão da falta de estrutura alternativa, reconheceu que
impediu o fechamento da Clínica Charcot, apesar de recomendação nesse sentido do
Ministério da Saúde -a unidade foi também mal avaliada em
blitz do conselho. "Solicitei que
não fosse fechado."
Segundo o médico, mesmo
os leitos existentes, 1,4 mil, não
são suficientes para a população paulistana. E os 40 Caps
(Centros de Atenção Psicossocial), criados para substituir as
internações, deveriam ser cem
e atender 24 horas, afirmou.
Dos cinco centros solicitados
por sua área para este ano, apenas dois devem ser viabilizados
-não há orçamento, disse.
A idéia da reforma psiquiátrica é que o Cap, em que o paciente é atendido por uma
equipe multiprofissional, sirva
como ponte para o retorno ao
convívio em sociedade.
"Isso não se opera rapidamente. Tem de haver manobra
de recurso, de gente", disse Kinoshita. Ele atribuiu à vigência
do PAS (Planto de Atenção à
Saúde) os problemas da área.
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