São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2004

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Prefeitura diz que SP não tem como absorver mudança

DA REPORTAGEM LOCAL

O responsável pela área de saúde mental da Prefeitura de São Paulo, Roberto Tykanori Kinoshita, afirmou durante evento ontem no Conselho Regional de Psicologia que a cidade não tem capacidade para suportar uma redução de leitos psiquiátricos.
Em razão da falta de estrutura alternativa, reconheceu que impediu o fechamento da Clínica Charcot, apesar de recomendação nesse sentido do Ministério da Saúde -a unidade foi também mal avaliada em blitz do conselho. "Solicitei que não fosse fechado."
Segundo o médico, mesmo os leitos existentes, 1,4 mil, não são suficientes para a população paulistana. E os 40 Caps (Centros de Atenção Psicossocial), criados para substituir as internações, deveriam ser cem e atender 24 horas, afirmou.
Dos cinco centros solicitados por sua área para este ano, apenas dois devem ser viabilizados -não há orçamento, disse.
A idéia da reforma psiquiátrica é que o Cap, em que o paciente é atendido por uma equipe multiprofissional, sirva como ponte para o retorno ao convívio em sociedade.
"Isso não se opera rapidamente. Tem de haver manobra de recurso, de gente", disse Kinoshita. Ele atribuiu à vigência do PAS (Planto de Atenção à Saúde) os problemas da área.


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