São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2004

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CONSUMIDOR

Uso de anticoncepcional tem erro

2 casos de uso falho de remédio são apurados

DA REPORTAGEM LOCAL

Dois dias após lançar uma campanha nacional de recolhimento do anticoncepcional injetável Depo-Provera, a Pfizer tem dois casos suspeitos de uso incorreto do produto. Ambos foram avisados pelos telefones de dúvidas (0800-551800 e 0800-7036912, das 7h às 22h). A empresa afirma ainda não saber de onde são as suspeitas.
Fabricados pela Pharmacia, comprada pela Pfizer em 2003, dois lotes do remédio (50 mil caixas) foram enviados aos distribuidores com erro de impressão em uma tarjeta que está na seringa.
Ela manda aplicar o medicamento via intravenosa (na veia), mas a correta é a intramuscular (injeção no músculo, ou seja, nas nádegas ou no braço), conforme informam a caixa e a bula.
A empresa não sabe dizer quais as possíveis reações adversas do uso incorreto do produto, mas é certo que, se tomado na veia, ele terá o tempo de efeito reduzido. Normalmente, o Depo-Provera garante três meses de proteção.
Os dois casos reportados ainda serão investigados para que haja certeza do uso incorreto. "Nossa expectativa é que pouquíssimas mulheres venham a tomar o contraceptivo na veia porque a aplicação é feita mediante prescrição médica, e os médicos não recomendam a forma incorreta de administração", afirma João Fittipaldi, diretor-médico da Pfizer.
Segundo a Abrafarma, associação que reúne as redes de farmácias, elas não são autorizadas a aplicar remédios por via intravenosa. A Pfizer já recebeu 2.300 ligações na central de atendimento.


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