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"Fui exposta como insensível", disse Denise Abreu
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Acompanhada de uma tropa
de assessores e advogados, Denise Abreu se concentrou em
manter um tom de voz ameno e
tentar refutar a imagem de
"mulher insensível" e "estilo
trator" que conquistou durante
a crise aérea no país.
Ela não foi cumprimentada
pelo brigadeiro José Carlos Pereira e conteve sua irritação,
preferindo usar a ironia e rebater com farpas. Aproveitou sua
fala de abertura para cruzar políticos -do tucano Franco
Montoro ao petista José Dirceu- com sua trajetória.
"Fui desconsiderada como
ser humano e tratada como coisa. Fui exposta como uma mulher insensível aos transtornos
da população brasileira", disse.
"Não fumo charuto Churchill. Mas Churchill sim fumava, veio de uma família pobre e
nem por isso deixou de ser um
estadista", disse, sobre foto na
qual aparece fumando um charuto na festa de casamento da
filha do diretor da Anac Leur
Lomanto, em meio à crise aérea
de março, quando controladores fizeram um motim.
Ela também citou sua "dor e
compaixão" na época em que
trabalhou com internos da Febem em São Paulo.
Em tom jocoso, o relator
questionou José Carlos Pereira
sobre a fama de Denise. "É provável que tenha dito em algum
momento que a Denise é terrível. Ela é uma advogada que joga pesado, defende suas posições com muita violência e veemência", disse Pereira.
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