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CONGRESSO
Restrição ao porte é negociada
Acordo deve mudar projeto sobre armas
FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A relatora do Estatuto do Desarmamento na Comissão de Segurança Pública da Câmara, Laura
Carneiro (PFL-RJ), deve voltar
atrás em duas alterações feitas no
texto original aprovado no Senado: a concessão de porte de armas
de fogo para caminhoneiros e a
permissão para aquisição de arma para quem corre risco decorrente de atividade profissional ou
localização de sua residência.
O acordo estava sendo costurado com integrantes da comissão
na noite de ontem. A previsão é
que o substitutivo ao texto do Senado seja votado hoje. O relatório
atual -que deve ser modificado- contém várias alterações em
relação ao projeto original, ampliando a possibilidade de compra e de porte de armas de fogo.
O texto reduz a idade mínima
para a aquisição de arma de fogo
de 25 anos para 21 e amplia o porte para caminhoneiros, fiscais do
Ibama, oficiais de justiça, agentes
de vigilância do Poder Executivo e
das guardas portuárias.
O projeto original era mais restritivo, permitindo o porte de armas apenas a militares, policiais,
agentes penitenciários, guardas
municipais, empresas de segurança privada e transporte de valores e agentes da Abin (Agência
Brasileira de Inteligência).
Pelo texto aprovado no Senado,
além de provar a efetiva necessidade da arma, a pessoa precisaria
apresentar certidões de antecedentes criminais, não responder a
inquérito policial ou processo criminal por infrações penais e comprovar que tem residência fixa e
ocupação lícita.
De acordo com o substitutivo
da deputada, para avaliar a efetiva
necessidade será levado em consideração "o risco incomum para o
requerente ou sua família, decorrente de sua atividade profissional ou da localização de sua residência ou domicílio".
"Assim pode-se interpretar que
o Rio de Janeiro inteiro precisa de
armas", afirmou um dos integrantes da comissão, Antonio
Carlos Biscaia (PT-RJ).
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