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Proposta divide opinião religiosa
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Religiosos se dividem a respeito
da tese de que os crucifixos devem
ser vedados nos tribunais. Judeus
e umbandistas não vêem problema na presença de um símbolo
cristão. Espíritas têm simpatia pela tese contra o crucifixo. Cristãos
reagem, opondo-se a ela.
A Igreja Católica vê a tese como
fruto de uma "onda secularista",
segundo o padre Roberto Paz, vigário judicial do Tribunal Eclesiástico Regional. ""O símbolo religioso no tribunal nos lembra que
qualquer decisão judicial tem
Deus por testemunha. Não é apenas para os cristãos que Cristo é
um referencial", afirmou ele.
Para a entidade que representa
os judeus no Rio Grande do Sul, o
símbolo religioso nos tribunais é
indiferente. ""O Brasil é um país
cristão. Nunca ouvi ninguém da
comunidade judaica dizer que se
sente constrangido com a presença desses símbolos", disse o presidente da Federação Israelita do
Estado, Abrahão Finkelstein.
Gladis Pedersen Oliveira, vice-presidente da Federação Espírita
gaúcha, concorda com a tese. ""O
juiz está correto. De certa forma, a
presença de símbolos cristãos nos
tribunais revela preconceito em
relação às outras religiões", disse.
O presidente da Afrobrás (Federação da Religião Afrobrasileira),
Jorge Verardi, diz não ver sua
crença prejudicada pela presença
do crucifixo.
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