|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
4 falsos policiais invadem prédio em Higienópolis
Criminosos usaram carro clonado da Polícia Civil de SP
para enganar o porteiro e conseguir acesso à garagem
Intenção da quadrilha
era roubar apartamento
de idosa que vive só, mas genro a orientou a não deixá-los entrar
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO
Disfarçados como investigadores de um setor da Corregedoria (órgão fiscalizador) da Polícia Civil de São
Paulo, quatro criminosos
conseguiram enganar o porteiro de um prédio na rua Sergipe, no bairro de Higienópolis, uma das áreas mais valorizadas da capital, na região
central, para invadir o lugar.
A invasão dos quatro criminosos aconteceu no dia 2.
Eles não foram violentos
nem mostraram armas.
Diziam ter ido ao prédio,
que tem um apartamento por
andar, para cumprir mandado de busca e apreensão supostamente expedido pela
Justiça em um apartamento
no segundo andar, onde uma
idosa vive sozinha.
Toda a movimentação dos
criminosos dentro do prédio
foi gravada pelas câmeras de
segurança do lugar. As imagens agora são analisadas
pela polícia para tentar identificar os criminosos.
CAMISETAS DA POLÍCIA
Os falsos policiais vestiam
calças jeans e camisetas pretas, com o brasão da Polícia
Civil de SP no peito e a inscrição "Polícia Civil" nas costas.
Dois usavam boné para se esconder das câmeras.
Para ter acesso ao edifício,
os criminosos estacionaram
na porta do prédio um Gol
clonado com as características de um veículo oficial da
Polícia Civil e desceram para
conversar com o porteiro.
O Gol usado pelos criminosos tinha o número de patrimônio 13742, identificação
de um carro verdadeiro da
Polícia Civil usado pelo Núcleo da Corregedoria da Delegacia Seccional de Taboão da
Serra (Grande SP).
Depois de ameaçar impedir a entrada e saída de moradores, os criminosos convenceram o porteiro de que o suposto mandado de busca e
apreensão era verdadeiro e o
fizeram permitir que o Gol
falso entrasse pela garagem.
Acompanhados do porteiro, os criminosos subiram pelo elevador e, ao chegar à
porta do apartamento que
queriam invadir, a idosa resolveu ligar para seu genro,
um advogado de 34 anos, e
foi orientada a não permitir a
entrada do grupo.
Por telefone, o advogado
conversou com um dos criminosos, que deu o nome falso
de Fábio. Eles combinaram
que a entrada no apartamento ocorreria assim que o genro da idosa chegasse ao prédio. Em dez minutos, o advogado chegou, mas os falsos
policiais foram embora antes, sem roubar nada.
FOLHA.com
Veja as imagens das
câmeras internas de
segurança do prédio
folha.com/mm800132
Texto Anterior: Crime: Ladrões mantêm reféns em lotérica no Tatuapé Próximo Texto: Parte de explosivos roubados na Fernão Dias é achada em SP Índice | Comunicar Erros
|