São Paulo, Domingo, 17 de Outubro de 1999
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Presidente do Brasilinvest combate "nacionalismo tupiniquim"

da Reportagem Local

O projeto do Maharishi São Paulo Tower nasceu sob o signo da polêmica, dividindo opinião de arquitetos e urbanistas desde o anúncio de sua construção, em maio passado.
Chamado por uns de "alienígena urbano", "palácio javanês" , "templo maia" e, simplesmente, de "horroroso", o Maharishi São Paulo Tower conta, porém, com o apoio de importantes nomes da arquitetura brasileira, tais como Oscar Niemeyer, o mais importante arquiteto do país -responsável por dois "cartões postais" de São Paulo: o parque Ibirapuera e o edifício Copam, na avenida Ipiranga-, e Edison Musa, presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura. Tem também a aprovação irrestrita da associação Viva o Centro, que trabalha pela recuperação do centro de São Paulo.
Indiferente à polêmica, Mario Garnero, presidente do Brasilinvest, acredita na rápida aprovação do projeto de lei na Câmara Municipal de São Paulo.
"Esse projeto supera os limites de um prédio. Será um criador de riqueza para São Paulo. Por isso, tenho o aval tanto do prefeito Celso Pitta quanto do governador Mário Covas. É um projeto que, acredito, será aceito pela sociedade de São Paulo."
O empresário rebate as críticas feitas ao estilo piramidal do prédio dizendo que o símbolo de São Paulo é a absorção de outras culturas. "Quem defende o purismo caboclo não deve ir ao bairro da Liberdade (bairro japonês), olhar para a sede da Fiesp (edifício em formato de pirâmide, na avenida Paulista) ou ir à catedral gótica de São Paulo", diz.
"No limiar do século 21, o nacionalismo tupiniquim não tem mais lugar no mundo moderno", afirma Garnero. (ACS)


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