São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 2000

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Integrantes pedem regras de convívio

DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

A paz entre os dois grupos familiares rivais de Belém do São Francisco e Cabrobó não depende apenas da assinatura dos líderes dos clãs envolvidos na guerra do sertão do Estado.
"O ressentimento de 20 anos de confronto não acaba de um dia para o outro", disse o produtor rural Cristian Diniz Simões de Medeiros, 32, da família conhecida por Russo.
Segundo ele, os Medeiros vão pedir hoje, durante a assinatura do acordo de paz, que os integrantes do grupo rival não circulem em Cabrobó e Belém do São Francisco. Os Araquan e os Gonçalves vivem em Ipueiras, na zona rural de Belém.
Segundo ele, a posição da família, hoje, "é de defesa".
Medeiros afirma que a família só aceitará entregar as armas "se o outro lado também entregar". Os integrantes do grupo rival fazem a mesma exigência.
Rogério Carvalho Araquan diz que a intenção é acabar com os conflitos, com os assaltos e com o tráfico. Para isso, no entanto, ele acredita que será preciso libertar os líderes presos.
A família Araquan, afirmou, tem cerca de 15 integrantes cumprindo pena ou aguardando julgamento em razão dos confrontos.
Os dois grupos acreditam que só os líderes são capazes de controlar os mais novos, considerados mais radicais. (FG)


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