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Integrantes pedem regras de convívio
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
A paz entre os dois grupos familiares rivais de Belém do São
Francisco e Cabrobó não depende apenas da assinatura
dos líderes dos clãs envolvidos
na guerra do sertão do Estado.
"O ressentimento de 20 anos
de confronto não acaba de um
dia para o outro", disse o produtor rural Cristian Diniz Simões de Medeiros, 32, da família conhecida por Russo.
Segundo ele, os Medeiros vão
pedir hoje, durante a assinatura do acordo de paz, que os integrantes do grupo rival não
circulem em Cabrobó e Belém
do São Francisco. Os Araquan
e os Gonçalves vivem em Ipueiras, na zona rural de Belém.
Segundo ele, a posição da família, hoje, "é de defesa".
Medeiros afirma que a família só aceitará entregar as armas
"se o outro lado também entregar". Os integrantes do grupo
rival fazem a mesma exigência.
Rogério Carvalho Araquan
diz que a intenção é acabar com
os conflitos, com os assaltos e
com o tráfico. Para isso, no entanto, ele acredita que será preciso libertar os líderes presos.
A família Araquan, afirmou,
tem cerca de 15 integrantes
cumprindo pena ou aguardando julgamento em razão dos
confrontos.
Os dois grupos acreditam
que só os líderes são capazes de
controlar os mais novos, considerados mais radicais.
(FG)
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