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CONSUMO
Primeira turma, com 600 baianas, terá certificado de curso do Senac-BA que avaliou bolinhos e ensinou noções de higiene
Acarajé de Salvador terá selo de qualidade
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
A partir da próxima semana, os
baianos e turistas que consomem
cerca de 50 mil acarajés por dia
somente em Salvador terão uma
referência técnica para comprar
com "qualidade" o produto mais
conhecido da culinária baiana.
Após um estudo da Faculdade
de Farmácia da UFBa (Universidade Federal da Bahia) constatar
coliformes fecais no bolinho, o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem) da Bahia passou a oferecer cursos às baianas, assim chamadas as que preparam o acarajé.
A primeira turma, formada por
600 profissionais, vai receber na
próxima semana um selo, que deverá ser colocado nos tabuleiros.
Nos quatro módulos do curso
(40 horas), as baianas tiveram noções de armazenamento e higiene
para manipular ingredientes,
aprenderam a identificar melhor
os fornecedores e ganharam um
termômetro para medir a relação
entre tempo e temperatura dos
alimentos que formam o acarajé.
Após os dois primeiros módulos (noções de higiene e manipulação de alimentos), um consultor
do Senac visitou todos os pontos
de produção e venda do bolinho.
"Só os aprovados em todos os
quesitos receberam o selo de qualidade", disse a coordenadora do
programa de treinamento das
baianas, Vanete Fonseca, 48.
Antes da entrega dos selos, técnicos do Senac também recolheram amostras de acarajé e de abará (bolinho cozido) para exames
laboratoriais. "Todas as amostras
revelaram a excelente qualidade
dos produtos", disse Fonseca.
Segundo a coordenadora, as
3.000 baianas cadastradas pela Federação Baiana do Culto Afro deverão frequentar o curso. Além
dessas, outras 10 mil exercem a
profissão em Salvador. "O selo de
qualidade será um importante diferencial para ampliar mais as
vendas no concorrido mercado
do acarajé", disse Vanete Fonseca.
"O curso oferecido pelo Senac é
importante para manter em evidência uma das maiores atrações
turísticas da Bahia", disse o secretário da Federação Baiana do Culto Afro, Antoniel Ataíde Bispo.
Para se inscrever no curso, o Senac cobrou R$ 20 de cada baiana.
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