DA REPORTAGEM LOCAL

A aceitação de crianças com deficiências em salas de aula "normais" representa um ganho tanto para os alunos incluídos quanto para os demais, já que todos aprendem a conviver com as diferenças. Consenso entre a maioria dos educadores, a inclusão é boa para todo mundo, afirma a diretora do Instituto Singularidades, Gisela Wajskop. "Sou a favor da inclusão, mas é preciso lembrar que há patologias com necessidades muito especiais, como casos de psicose ou autismo grave, que precisam ser bem analisados."
Além disso, afirma, nem sempre o professor está preparado para lidar com alunos portadores de deficiência. "A formação geral do docente já é precária quando se trata do básico, imagina então quando falamos de estudantes com necessidades especiais", diz. "Tem escola que não sabe o que fazer com eles."

Formação
Da mesma opinião é o presidente da Federação das Escolas Particulares do Estado de São Paulo, José Antônio Figueiredo Antiório. "Todo mundo é a favor da inclusão, isso não se questiona. Mas as escolas precisam capacitar seus professores para lidar com o desafio, já que eles não aprendem isso nas faculdades."
Apesar de a recomendação ser a de tratar os alunos com deficiência de forma bastante parecida a dos outros estudantes, o docente tem uma situação diferente, onde todos precisam aprender a conviver respeitando as limitações uns dos outros. "E é aí que é necessário o preparo do professor, que vai lidar com situações muitas vezes imprevistas. A inclusão precisa ser defendida com responsabilidade até para não atrapalhar o desenvolvimento do aluno incluído." (DT)


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