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MEC afirma que há distorções em estudo
Levantamento oficial, que leva em conta matrículas e não inscrições em vestibular, chegou a outra conclusão
Segundo o governo, qualidade de cursos avaliados influencia, sim, na escolha de estudantes brasileiros
DE SÃO PAULO
O Ministério da Educação
discordou dos critérios usados pelo pesquisador Roberto Lobo. A pasta classificou o
estudo como "muito ruim".
No mês passado, a pasta finalizou estudo interno, publicado pela Folha, cujo resultado diverge do trabalho
atual. A conclusão foi que indicadores de qualidade influenciam os estudantes.
Os dados mostraram que
caiu o número de alunos em
instituições mal avaliadas.
Os dois estudos utilizaram
metodologias diferentes. Um
dos principais pontos foi que
o ministério considerou matrículas. Para a pasta, o indicador é melhor por examinar
quem efetivamente entrou
no curso.
O ex-reitor da USP diz que
há distorção nessa lógica,
pois um aluno pode ter se
matriculado antes da divulgação da nota do curso. Ou
seja, ele poderia não saber se
o curso era bom ou ruim.
Lobo preferiu usar o número de vestibulandos que
disputaram esses cursos. A
vantagem, afirma, é poder
avaliar a procura pelo curso
após a divulgação da sua
avaliação de qualidade.
O problema, defende o
MEC, é que o indicador é impreciso, pois a mesma pessoa
pode se inscrever em diversos vestibulares. A reportagem enviou as conclusões
dos estudos a três pesquisadores. Todos entenderam
que, para os alunos, o valor
da mensalidade tem mais peso que as notas dos cursos.
UNIVERSIDADES
Segundo a Unip, "o aluno
até pode entrar na Unip porque é barato, mas não ficaria
até o final se não fosse boa".
A Uniban diz que a avaliação prejudica quem tem visão diferente da formação
dos alunos -e negou haver
problemas no campus Tatuapé.
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