São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2010

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MEC afirma que há distorções em estudo

Levantamento oficial, que leva em conta matrículas e não inscrições em vestibular, chegou a outra conclusão

Segundo o governo, qualidade de cursos avaliados influencia, sim, na escolha de estudantes brasileiros

DE SÃO PAULO

O Ministério da Educação discordou dos critérios usados pelo pesquisador Roberto Lobo. A pasta classificou o estudo como "muito ruim".
No mês passado, a pasta finalizou estudo interno, publicado pela Folha, cujo resultado diverge do trabalho atual. A conclusão foi que indicadores de qualidade influenciam os estudantes.
Os dados mostraram que caiu o número de alunos em instituições mal avaliadas.
Os dois estudos utilizaram metodologias diferentes. Um dos principais pontos foi que o ministério considerou matrículas. Para a pasta, o indicador é melhor por examinar quem efetivamente entrou no curso.
O ex-reitor da USP diz que há distorção nessa lógica, pois um aluno pode ter se matriculado antes da divulgação da nota do curso. Ou seja, ele poderia não saber se o curso era bom ou ruim.
Lobo preferiu usar o número de vestibulandos que disputaram esses cursos. A vantagem, afirma, é poder avaliar a procura pelo curso após a divulgação da sua avaliação de qualidade.
O problema, defende o MEC, é que o indicador é impreciso, pois a mesma pessoa pode se inscrever em diversos vestibulares. A reportagem enviou as conclusões dos estudos a três pesquisadores. Todos entenderam que, para os alunos, o valor da mensalidade tem mais peso que as notas dos cursos.

UNIVERSIDADES
Segundo a Unip, "o aluno até pode entrar na Unip porque é barato, mas não ficaria até o final se não fosse boa".
A Uniban diz que a avaliação prejudica quem tem visão diferente da formação dos alunos -e negou haver problemas no campus Tatuapé.


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