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ROMILDO ANTÔNIO DOS SANTOS (1941-2010)
Comandou um time e um jornal
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Dentre as conquistas esportivas de Romildo Antônio
dos Santos, havia uma de dar
inveja a qualquer técnico do
futebol brasileiro: ganhara
um troféu por ter comandado
uma equipe de futebol de salão invicta por 30 jogos.
Em Guaratinguetá, no interior de SP, ele jogou, treinou e até dirigiu clubes. Foi
dele a ideia de fundar a liga
de futebol de salão da cidade.
Na época da invencibilidade como técnico, foi enfrentar o então campeão brasileiro, em São José dos Campos.
Deu de 4 a 1 no adversário.
Como conta o filho, um
dentista também chamado
Romildo, o pai era são-paulino roxo, do tipo que sabia a
escalação inteira da equipe
desde a década de 40.
Formado em direito, Romildo criou em 1964 o jornal
"O Garça", uma das primeiras publicações estudantis
de Guaratinguetá -seu jornal existe até hoje, com tiragem pequena e semanal.
Na época de estudante, sofreu um grave acidente de
carro, ao tentar desviar de
um cavalo que invadira a pista. Passou três meses desacordado em São Paulo, mas
conseguiu se recuperar.
Trabalhou em banco e foi
funcionário público estadual. Aposentou-se em 1991.
Malufista de carteirinha,
tentou, sem sucesso, ser vereador, por duas vezes.
Adorava cavalos. Um dos
que teve chamava-se Beckenbauer, em homenagem
ao jogador alemão.
Sofria de diabetes há 25
anos. Morreu na segunda,
aos 68, de complicações de
saúde. Deixa viúva, dois filhos e dois netos. A missa de
sétimo dia será hoje, às 19h,
na catedral Santo Antônio,
em Guaratinguetá.
coluna.obituario@uol.com.br
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