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Metrô improvisa passarela para abrir estação Pinheiros
Estatal banca ligação provisória de R$ 1,5 mi para tentar entrega neste ano
Construtoras da linha amarela só conseguirão terminar estrutura definitiva em 2011; projeto foi alterado
ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO
O Metrô de São Paulo fez
mudanças no projeto original, decidiu improvisar e inclusive bancar a implantação
de uma passarela provisória
na tentativa de entregar a estação Pinheiros da linha 4-amarela no final deste ano.
O gasto de R$ 1,542 milhão
será custeado pela própria
companhia porque a estrutura definitiva, sob responsabilidade das empreiteiras do
Consórcio Via Amarela, só ficará pronta no ano que vem.
A montagem da passarela
provisória, com peças de aço
tubular, visa possibilitar a integração dos passageiros
com a estação Pinheiros da linha 9-esmeralda da CPTM.
Sem a conexão, a importância da linha 4 fica limitada.
O contrato do Metrô com a
Ina Representações prevê
que, em até nove meses, a estrutura seja desmontada -e
substituída pela definitiva.
A linha 4 do metrô está em
construção há sete anos e,
cinco meses atrás, teve duas
estações (Faria Lima e Paulista) abertas em operação
assistida, das 9h às 15h.
A abertura de uma cratera
na estação Pinheiros deixou
sete mortos em janeiro de
2007, nos primeiros dias do
governo José Serra (PSDB).
Depois de atrasos, a última
previsão do governo era
inaugurar as duas próximas
paradas, Butantã e Pinheiros, no fim do ano, deixando
Luz e República para 2011.
Embora a programação
ainda esteja mantida, dentro
do Metrô há temores de atraso na Pinheiros -que, segundo a companhia, está em
"fase final de acabamento".
MUDANÇA DE PROJETO
A construção da passarela
na estação Pinheiros representa uma mudança no projeto da linha 4, que previa
uma ligação subterrânea entre a malha de metrô e trens.
O Consórcio Via Amarela
provavelmente gastaria mais
com esse túnel do que com a
passarela, segundo técnicos.
O Metrô não informou, porém, se, com a mudança,
houve alguma revisão do valor a ser pago pela obra.
Funcionários da companhia suspeitam que a alteração do projeto tenha sido motivada pelo acidente na estação Pinheiros em 2007,
quando houve discussões sobre a instabilidade do solo.
Eles também temem que a
passarela aumente os deslocamentos a pé para a baldeação com a rede da CPTM.
O Metrô não confirma
qualquer relação da cratera
com a alteração do projeto.
Ele atribui a mudança de
planos à elevação da demanda na linha 9 da CPTM -que
circula ao longo da marginal
Pinheiros e que teve um salto
de 115 mil para 279 mil passageiros diários desde 2006.
Segundo a companhia, a
implantação do acesso subterrâneo interligando as estações Pinheiros do Metrô e da
CPTM implicaria na operação da linha 9 de maneira
restrita naquele trecho.
Ela afirma que "isso era
possível à época do projeto
inicial", mas que, nos últimos anos, a linha teve aumento de usuários três vezes
superior à média das demais.
Assim, diz, a construção do
túnel provocaria transtornos
"como elevação dos intervalos e paralisações pontuais".
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