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Casa que abrigou assaltantes de banco atrai turistas em Fortaleza
FLÁVIA FOREQUE
ENVIADA ESPECIAL A FORTALEZA
Cinco anos após o maior
furto a banco da história do
Brasil -quando R$ 164,8 milhões foram roubados-, o
endereço onde os ladrões deram início ao plano, no centro de Fortaleza, ainda vive o
estigma da ação.
"A rua é mais conhecida
do que banana e macaco",
afirma um morador da Rua
25 de Março, onde os bandidos alugaram uma casa para
construir o túnel que levou
aos cofres do Banco Central,
a 80 m, em linha reta.
O morador, assim como
outros que falaram com a Folha, não quis se identificar.
O endereço é motivo de visita de turistas, que param
em frente ao local para tirar
fotos e ver a pequena casa de
fachada azul. A pousada vizinha sempre usa como referência para seus clientes a
"casa do assalto".
Desde 2005, quando ocorreu o furto, o comércio na
rua está praticamente inalterado -e o medo da vizinhança também. "Quando se trata
de bandido, tem que ter receio", diz um comerciante.
Na época, a vizinhança
nem desconfiou que o grupo
preparava a ação milionária.
"Eram pessoas boas, não tinham cara de bandido",
lembra um morador.
A expectativa dos moradores é que em pouco tempo o
movimento de turistas aumente. Em janeiro de 2011,
estreia o filme "Assalto ao
Banco Central", inspirado no
crime. A maioria das cenas,
porém, foi filmada no Rio.
Desde a descoberta do furto, os vizinhos não lembram
de novos moradores na casa
nº 1.071, hoje fechada. "Deve
ser traumático. Você alugaria essa casa?", diz Marcos
Didonet, produtor do filme.
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