São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2010

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Casa que abrigou assaltantes de banco atrai turistas em Fortaleza

FLÁVIA FOREQUE
ENVIADA ESPECIAL A FORTALEZA

Cinco anos após o maior furto a banco da história do Brasil -quando R$ 164,8 milhões foram roubados-, o endereço onde os ladrões deram início ao plano, no centro de Fortaleza, ainda vive o estigma da ação.
"A rua é mais conhecida do que banana e macaco", afirma um morador da Rua 25 de Março, onde os bandidos alugaram uma casa para construir o túnel que levou aos cofres do Banco Central, a 80 m, em linha reta.
O morador, assim como outros que falaram com a Folha, não quis se identificar.
O endereço é motivo de visita de turistas, que param em frente ao local para tirar fotos e ver a pequena casa de fachada azul. A pousada vizinha sempre usa como referência para seus clientes a "casa do assalto".
Desde 2005, quando ocorreu o furto, o comércio na rua está praticamente inalterado -e o medo da vizinhança também. "Quando se trata de bandido, tem que ter receio", diz um comerciante.
Na época, a vizinhança nem desconfiou que o grupo preparava a ação milionária. "Eram pessoas boas, não tinham cara de bandido", lembra um morador.
A expectativa dos moradores é que em pouco tempo o movimento de turistas aumente. Em janeiro de 2011, estreia o filme "Assalto ao Banco Central", inspirado no crime. A maioria das cenas, porém, foi filmada no Rio.
Desde a descoberta do furto, os vizinhos não lembram de novos moradores na casa nº 1.071, hoje fechada. "Deve ser traumático. Você alugaria essa casa?", diz Marcos Didonet, produtor do filme.


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