São Paulo, domingo, 17 de novembro de 2002

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Risco em bebês cresce com fumo e álcool na gestação

DA REDAÇÃO

Crianças cujas mães eram fumantes ou tomavam bebidas alcóolicas durante a gravidez são mais propensas a desenvolver o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).
A conclusão é de um estudo realizado pela Escola Médica de Harvard (Estados Unidos), publicado em abril deste ano pela revista "Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry", uma das mais importantes do gênero.
Os pesquisadores compararam 280 crianças portadoras do TDAH com outro grupo formado por 242 crianças não-portadoras do transtorno.
Os meninos e meninas de ambos os grupos e seus pais foram analisados por meio de entrevistas e testes.
Os pesquisadores concluíram que as crianças portadoras do distúrbio foram 2,1 vezes mais expostas ao cigarro e 2,5 vezes mais expostas ao álcool quando ainda estavam no útero do que as não-portadoras.
Não é necessário que a gestante tenha usado álcool e cigarro simultaneamente. O uso de algum deles durante a gravidez já é suficiente para causar danos ao feto.
Especialistas sempre recomendam às gestantes que não bebam nem fumem. O uso dessas substâncias, mesmo que ocasional, pode ser prejudicial ao feto.
O álcool ingerido pela gestante atravessa a placenta e faz com que o feto receba as mesmas concentrações alcóolicas que a mãe. Já o cigarro causa isquemia placentária, ou seja, diminuição da circulação sanguínea na placenta, prejudicando a nutrição e a oxigenação do feto.


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