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Protesto contra prefeitura com uso de 18 guinchos prejudica trânsito
VICTOR RAMOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Um protesto com 18 guinchos
em carreata, da zona oeste ao centro da cidade, colaborou para
agravar ainda mais o trânsito em
São Paulo na manhã de ontem.
A manifestação, a chuva, a volta
do feriado e buracos nas pistas resultaram em 124 km de congestionamento, o segundo maior do
ano no período da manhã -inferior ao do último dia 4, de 191 km.
O ato foi organizado pelo sindicato dos guincheiros do Estado e
reuniu cerca de 70 trabalhadores,
que protestavam contra a interrupção, por parte da prefeitura,
dos serviços de guinchamento de
veículos em locais proibido, feitos
pela Marthas Serviços Gerais.
Os manifestantes foram reivindicar, em frente à Câmara Municipal (região central), a renovação
do contrato entre a prefeitura e a
Marthas, suspenso no início da
semana passada, e o pagamento
de dívida com a empresa.
Sem todas as reivindicações
atendidas, os guincheiros devem
retomar os protestos. Hoje outra
carreata poderá ocorrer, até a sede da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), no centro.
Segundo o diretor do sindicato,
Francisco José Pereira da Silva,
uma outra possibilidade é que
eles devolvam parte dos carros
que guincharam para as ruas. Os
locais prováveis para esse protesto são a Câmara e a sede da prefeitura. Durante todo o protesto, a
gestão Marta (PT) foi criticada.
O contrato com a empresa Marthas Serviços Gerais foi suspenso
na segunda passada e não deve ser
retomado pela atual gestão. A interrupção se deu em meio a uma
série de cortes de gastos da administração municipal. Segundo o
sindicato dos guincheiros, 209
funcionários da empresa correm
o risco de ficar desempregados.
O dono da empresa, José Caboclo Neto, afirma que tem mais de
R$ 13 milhões a receber da atual
administração. A CET, no entanto, só admite dever R$ 275 mil.
Depois de se reunirem com vereadores do PT, os manifestantes
receberam a informação de que
os R$ 275 mil, referentes a outubro, seriam pagos nos próximos
dias. Nesse momento, por volta
das 15h30, decidiram terminar a
manifestação.
Ontem a chuva gerou 35 pontos
de alagamento na cidade -11 na
marginal Pinheiros e três na Tietê,
segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências).
A precipitação levou à queda de
quatro árvores, segundo a Defesa
Civil. Duas caíram sobre veículos,
nos Jardins. Não houve vítimas.
Colaborou AMARÍLIS LAGE
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