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Pânico dá fim à festa da padroeira
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PARANAGUÁ
Quando ocorreram as explosões no navio chileno, cerca de
3.000 pessoas estavam na praça
do bairro Rocio participando da
festa em homenagem à padroeira
do Paraná, Nossa Senhora do Rocio. Houve correria e casos de pânico. Os vidros da igreja ficaram
estilhaçados com o impacto.
"Pensei que era fogo nas barraquinhas. Deu um desespero", disse Beatriz Natel, 35, que trabalhava na secretaria da igreja.
Margarida da Silveira, 45, entrou em pânico e foi levada pelo
marido para o hospital ao ver as
chamas de mais de dez metros de
altura no navio.
"A pressão subiu. Quando vi
aquele fogo pensei em muitas
mortes", disse Margarida.
O seminarista Tiago Thrigo, 21,
que dormia na casa paroquial onde se recuperava de uma inflamação de garganta, relatou seu temor em relação as pessoas que
participavam da procissão. "Saí
correndo. Fiquei muito assustado
com os vidros caindo sobre mim e
pensei em bomba na hora da procissão", disse o seminarista.
O bispo de Paranaguá, D. Alfredo Novack, até tentou retomar
uma procissão no final da tarde
de ontem, mas a festa ficou seriamente comprometida.
A preocupação dos barraqueiros -cerca de 500, alguns vindos
de Minas Gerais- era reanimar a
população para a festa que se estenderia até o próximo domingo.
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