São Paulo, quarta-feira, 17 de novembro de 2004

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Pânico dá fim à festa da padroeira

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PARANAGUÁ

Quando ocorreram as explosões no navio chileno, cerca de 3.000 pessoas estavam na praça do bairro Rocio participando da festa em homenagem à padroeira do Paraná, Nossa Senhora do Rocio. Houve correria e casos de pânico. Os vidros da igreja ficaram estilhaçados com o impacto.
"Pensei que era fogo nas barraquinhas. Deu um desespero", disse Beatriz Natel, 35, que trabalhava na secretaria da igreja.
Margarida da Silveira, 45, entrou em pânico e foi levada pelo marido para o hospital ao ver as chamas de mais de dez metros de altura no navio.
"A pressão subiu. Quando vi aquele fogo pensei em muitas mortes", disse Margarida.
O seminarista Tiago Thrigo, 21, que dormia na casa paroquial onde se recuperava de uma inflamação de garganta, relatou seu temor em relação as pessoas que participavam da procissão. "Saí correndo. Fiquei muito assustado com os vidros caindo sobre mim e pensei em bomba na hora da procissão", disse o seminarista.
O bispo de Paranaguá, D. Alfredo Novack, até tentou retomar uma procissão no final da tarde de ontem, mas a festa ficou seriamente comprometida.
A preocupação dos barraqueiros -cerca de 500, alguns vindos de Minas Gerais- era reanimar a população para a festa que se estenderia até o próximo domingo.


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