|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VIOLÊNCIA
Secretário estadual não vê necessidade de elevar efetivo em áreas turísticas
Ataque a turistas não cresceu, diz RJ
DA SUCURSAL DO RIO
O secretário estadual de Segurança Pública do Rio, Marcelo Itagiba, afirmou ontem que não
houve aumento nos registros de
roubos e furtos a turistas do ano
passado para este ano no Rio.
Após reunião com comandantes de batalhões da Política Militar
e delegados da Polícia Civil, o secretário criticou a atuação da prefeitura, que, na sua avaliação, não
cuida da segurança nas áreas municipais e não atende devidamente as crianças que perambulam
pela orla do Rio e que, em alguns
casos, se envolvem em delitos.
Para Itagiba, não há necessidade de aumentar o efetivo de PMs
nas áreas turísticas. "Vamos
orientar os policiais para abordar
grupos suspeitos antes que eles
cometam crimes", disse.
Segundo as estatísticas apresentadas ontem pelo secretário, não
há tendência de aumento nas estatísticas de roubos e furtos de turistas. No ano passado, foram registrados 2.995 casos. Neste ano,
até setembro, o total é de 2.553. Na
avaliação do secretário, nas comparações mês a mês, não foi verificada tendência de aumento.
As estatísticas, segundo o secretário, mostram que Copacabana,
bairro que mais concentra turistas, é também o local onde mais
ocorrem crimes contra os visitantes, seguido de Ipanema, centro,
Leblon e Santa Teresa.
Dados coletados pela Folha diretamente na Delegacia de Atendimento ao Turista mostram que
o bairro de Copacabana concentra, sozinho, 51% do total de roubos e 66% dos furtos entre outubro de 2003 a setembro de 2004.
O secretário estadual de Turismo, Sérgio Ricardo de Almeida,
diz que as notícias recentes de crimes contra turistas (na sexta, uma
japonesa foi esfaqueada e está em
estado grave) têm pouco impacto
no turismo internacional, mas
pode afetar o doméstico. Na estimativa da secretaria estadual,
2004 fechará com um aumento de
12% a 15% no número de turistas
no Rio em relação a 2003.
Almeida criticou o fato de outras cidades não mostrarem dados: "Gostaria de saber quantos
turistas foram assaltados em São
Paulo, Salvador, Paris ou Lisboa".
O comandante-geral da Guarda
Municipal do Rio, Carlos Moraes
Antunes, discorda das críticas de
Itagiba. Segundo ele, a guarda faz
regularmente operação de acolhimento de menores e moradores
de rua, mas a responsabilidade
sobre adolescentes infratores é da
Polícia Militar. "A missão da prefeitura é atender o menor carente,
e não o menor infrator", diz.
Texto Anterior: Pânico dá fim à festa da padroeira Próximo Texto: Ressaca mata 1; há 5 desaparecidos Índice
|