Mãe encontrou filha morta na cama do quarto; apenas o laudo do IML, daqui 1 mês, poderá confirmar se houve abuso sexual

Segundo depoimento, suspeito de agressão estava escondido sob a cama; é o 4º caso de assassinato de uma menina em 10 dias no PR

RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA

Uma garota de nove anos foi encontrada morta com sinais de estrangulamento na noite de anteontem em Curitiba (PR). É o quarto caso de assassinato de uma menina com indícios de violência sexual registrado em dez dias no Paraná.
A mãe da garota, a dona-de-casa Maura Rosa, encontrou Lavínia Rabech da Rosa morta na cama, em um quarto da casa, no bairro Atuba, periferia da cidade, por volta das 23h.
De acordo com o depoimento de Maura à Polícia Civil, ela estava dormindo com a filha na cama quando saiu por alguns minutos. Ao retornar, percebeu que a garota estava gelada e ouviu um ronco embaixo da cama. O suspeito de agredir a menina estava escondido no local.
A polícia acredita que ele pode ter entrado pela janela.
Agredido por familiares, ao sair da casa ele apanhou de vizinhos. Levado ao hospital Cajuru, ele recebeu alta ontem.
A mãe e o padrasto levaram Lavínia a um posto de saúde, onde foi constatada a sua morte. Segundo o IML (Instituto Médico Legal), Lavínia morreu por estrangulamento e asfixia. Apenas o laudo, que deve ser divulgado em um mês, poderá confirmar se ela sofreu algum tipo de abuso sexual.
De acordo com a polícia, o suspeito, Mariano Torres Ramos Martins, 45, é um morador de rua conhecido na vizinhança. Até ontem, ele ainda não havia constituído advogado.
A reportagem não conseguiu falar com Martins nem localizou nenhum familiar dele.
Em depoimento no Ciac (Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão) Sul, ele negou ter cometido o crime.
Segundo a polícia, Martins é foragido da Colônia Penal Agrícola de Piraquara (região metropolitana de Curitiba) e tem mandado de prisão expedido por dois crimes.


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