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Para Metrô, incidentes não foram relevantes
Estatal diz que eventual problema de comunicação não agravou caos
Companhia afirma que divulgou informações que eram importantes sobre a paralisação de setembro na linha 3
DE SÃO PAULO
O Metrô minimiza a relevância dos relatos registrados em documentos técnicos
e diz que eles não permitem
conclusões definitivas sobre
a paralisação na linha 3.
A estatal afirma que "as informações relevantes e diretamente ligadas a essa ocorrência" "foram amplamente
divulgadas" e que uma "análise parcial" "com base em
trechos de relatórios" pode
ficar "fora do contexto".
Segundo a companhia,
"eventuais interferências na
comunicação" com as equipes do CCO (Centro de Controle Operacional) "não foram determinantes para os
seus desdobramentos".
A Folha ouviu de um operador da linha 3 que, logo
após a paralisação, a empresa mudou os procedimentos
para impedir a parada dos
trens entre Pedro 2º e Sé -na
altura do equipamento X-21.
Os trens, segundo ele, só
saem agora de Pedro 2º se
houver previsão, nos picos,
de que podem chegar à Sé
sem parar no caminho.
O X-21 fica em um trecho
em curva onde os trens inclinam para a direita. Por isso,
trabalha-se com a hipótese
de os corpos dos passageiros
de um vagão superlotado terem forçado a porta para esse
lado, motivando um sinal de
de que ela estava aberta.
A investigação também
avalia possível falha no sensor de fechamento de portas.
A estatal não comentou as
mudanças entre Pedro 2º e
Sé. Só informou que "medidas operacionais são adotadas para minimizar estas
ocorrências [parada do trem
antes de chegar à plataforma], principalmente em estações mais carregadas".
O Metrô diz que a parada
do trem 309 antes de chegar à
Sé não é uma "falha".
BLUSA
Em nota, a companhia
afirma ter informado na ocasião que "não houve falha
técnica" e que a blusa presa
na porta "foi a responsável
pela perda de indicação de
porta fechadas, mas jamais a
causa do colapso da linha".
A estatal também diz que
"em nenhum momento afirmou que houve sabotagem"
-a hipótese foi aventada na
época pelo governador Alberto Goldman (PSDB).
Na versão do Metrô, "a
presença de técnicos na cabine é um procedimento de rotina para a realização inspeções regulares para monitorar desempenho dos trens".
Ele não comentou a possibilidade de os problemas de
oscilação de velocidade terem tido alguma influência.
A estatal afirma que também considerou correta a
ação operacional adotada
pelos funcionários para verificar a blusa presa na porta.
E, segundo ela, "as passarelas e saídas de emergência
estão de acordo com os rigorosos padrões de segurança
exigidos para a operação".
(ALENCAR IZIDORO)
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