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Baleado diz que agressões a gays são comuns
DO RIO
A violência contra homossexuais no parque Garota de Ipanema (zona sul
do Rio) é frequente, segundo o jovem de 19 anos baleado no domingo após a
Parada Gay do Rio. Em entrevista, ele disse que foi
procurado por várias pessoas que contaram casos
semelhantes.
"A maioria disse que
são comuns as agressões
ali contra gays. O próprio
delegado disse que tem
policial que vai ali fardado
para tirar dinheiro das
pessoas", disse Douglas.
Procurado, o delegado
Alessandro Thiers disse
que não falaria. A assessoria da Policia Civil afirmou
que não teria como confirmar a informação sem antes falar com o delegado.
O rapaz disse ter certeza
que os agressores eram militares, mas afirmou que a
farda deles tinha um fundo azul. Segundo o Exército, a farda camuflada é
verde. "Eu posso ter confundido as cores", disse.
Segundo o jovem, depois da parada, ele e outras pessoas foram namorar no parque, quando surgiram três militares exigindo documentos e ameaçando ligar para familiares. "Quando disse que podiam ligar, pois meus pais
sabem que eu sou homossexual, um deles disse que
era uma pouca vergonha,
me jogou no chão e atirou", disse.
Anteontem, o Exército
tinha descartado o envolvimento de militares no
caso, mas depois disse que
ajudaria na investigação.
A polícia diz que já pediu a
apresentação dos militares que estavam de plantão na noite do incidente.
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