São Paulo, segunda-feira, 17 de dezembro de 2001

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PANORÂMICA

INCÊNDIO

Ibama e bombeiros combatem focos de fogo em reserva biológica do Amapá
Cerca de 90 homens, entre bombeiros e funcionários do Ibama, combatiam ontem um incêndio na Reserva Biológica do Lago Piratuba, a 250 km a nordeste de Macapá (AP). O Ibama diz que até anteontem, quando iniciaram os trabalhos para conter os focos de fogo, haviam sido destruídos 4.000 dos 395 mil hectares da reserva.
O fogo atingiu partes de floresta e de campo. A região tem um ecossistema raro, que mistura solo aluvial (pântano) e floresta amazônica. Segundo Humbero Cavalcanti, diretor de Proteção Ambiental do Ibama, esse tipo de incêndio, conhecido como "fogo de turfa", espalha-se de forma subterrânea, dificultando as operações de combate.
Esse fogo é extremamente danoso porque, ao queimar o material orgânico do solo, mata simultaneamente a microflora e as raízes das árvores.
O Ibama deslocou 30 homens de Brasília e 24 de Belém para ajudar no combate. O restante é do Corpo de Bombeiros e do Ibama do Amapá. O deslocamento até a região é feito com a ajuda de um helicóptero do Ibama -o acesso é possível via aérea ou fluvial, pelo rio Araguari.
Havia dois focos de incêndio na reserva, mas um já foi extinto. Cavalcanti diz que o segundo foco, que já estaria controlado, deve ser apagado até quinta. O clima na região está mais seco do que o normal nesta época do ano. Não há previsão de chuvas para os próximos dias.
O Ibama ainda não sabe a origem do incêndio, mas suspeita que tenha se originado de queimadas provocadas por agricultores de áreas vizinhas.
Criado em 1980, o parque pertence ao município de Amapá, mas o núcleo urbano mais próximo é Cotias do Araguari. Por ser uma reserva biológica, não é permitida a entrada de turistas. (DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE)



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