São Paulo, domingo, 17 de dezembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Plantão médico

Benefício da circuncisão era sabido

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

O que foi manchete na semana passada a Folha já havia divulgado há mais de seis anos, esclareceu em 2002 e confirmou em 2004.
O "Plantão" de 11 de junho de 2000 informava que uma pesquisa de Roger Short, publicada no "British Medical Journal", sugeria que os homens submetidos à circuncisão (operação que remove o prepúcio, a fina pele que recobre a glande do pênis) têm menos risco de serem infectados pelo HIV.
Dois anos depois, "Estudo mostra proteção que a circuncisão dá ao homem", no "Plantão Médico" de 8 de setembro de 2002, esclarecia que a fina camada de queratina na porção interna predispõe o prepúcio à infecção, ao contrário da face externa da pele que recobre a glande, como escreveu Bruce Patterson no "American Journal of Pathology" naquele mês.

Redução de risco
Finalmente, em 28 de março de 2004 o "Plantão Médico" afirmava que "Circuncisão reduz risco de Aids".
E acrescentava que os homens circuncidados têm aproximadamente seis vezes menos chances de contrair o vírus da Aids quando comparados com os que não passaram pela cirurgia da retirada do prepúcio.
A pesquisa, realizada na Índia, foi publicada por Steven J. Reynolds e colaboradores na revista "The Lancet".
O editorial do "New York Times" do dia 14, "Rara boa nova sobre Aids", sugere aos governos espalhar as boas novas e tornar a circuncisão disponível para todos.

julio@uol.com.br


Texto Anterior: Mais Saudável
Próximo Texto: Anencéfala, bebê Marcela de Jesus vira ícone antiaborto
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.