|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Plantão médico
Benefício da circuncisão era sabido
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
O que foi manchete na semana passada a Folha já havia divulgado há mais de seis
anos, esclareceu em 2002 e
confirmou em 2004.
O "Plantão" de 11 de junho
de 2000 informava que uma
pesquisa de Roger Short, publicada no "British Medical
Journal", sugeria que os homens submetidos à circuncisão (operação que remove o
prepúcio, a fina pele que recobre a glande do pênis) têm
menos risco de serem infectados pelo HIV.
Dois anos depois, "Estudo
mostra proteção que a circuncisão dá ao homem", no
"Plantão Médico" de 8 de setembro de 2002, esclarecia
que a fina camada de queratina na porção interna predispõe o prepúcio à infecção, ao
contrário da face externa da
pele que recobre a glande, como escreveu Bruce Patterson
no "American Journal of Pathology" naquele mês.
Redução de risco
Finalmente, em 28 de março de 2004 o "Plantão Médico" afirmava que "Circuncisão reduz risco de Aids".
E acrescentava que os homens circuncidados têm
aproximadamente seis vezes
menos chances de contrair o
vírus da Aids quando comparados com os que não passaram pela cirurgia da retirada
do prepúcio.
A pesquisa, realizada na Índia, foi publicada por Steven J.
Reynolds e colaboradores na
revista "The Lancet".
O editorial do "New York
Times" do dia 14, "Rara boa
nova sobre Aids", sugere aos
governos espalhar as boas novas e tornar a circuncisão disponível para todos.
julio@uol.com.br
Texto Anterior: Mais Saudável Próximo Texto: Anencéfala, bebê Marcela de Jesus vira ícone antiaborto Índice
|