São Paulo, quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

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APARECIDO ANTÔNIO SATI
(1959-2009)


O sonho realizado, mas incompleto, de ser prefeito

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Era uma trajetória em ascensão. Em 2000, 547 casa-branquenses acreditaram em Aparecido Antônio Sati e o colocaram para trabalhar na Câmara Municipal. Quatro anos depois, o número pulou para 764 eleitores -foi o vereador mais votado da cidade.
No ano passado, decidiu perseguir seu grande sonho: tornar-se prefeito de Casa Branca, município de 27.081 habitantes no interior de SP.
Trocou o PMDB pelo pequenino PMN (Partido da Mobilização Nacional) e se lançou na disputa.
Com o apoio de 5.786 eleitores, o equivalente a 37,67% dos votos válidos, Sati, "o homem do povo", assumiu a cadeira de prefeito no primeiro dia deste ano. O segundo colocado teve 4.480 votos.
Era a hora de largar o emprego que mantinha havia algumas décadas na cidade, de vendedor de tratores numa concessionária, e se dedicar só à administração pública.
Filho de agricultores, Sati se formou técnico em contabilidade e trabalhou por anos como caixa de banco. Na concessionária, costumava ganhar prêmios e viagens por ser eleito o vendedor do ano.
Como prefeito, lutava para levar uma indústria à cidade, dizendo que isso resultaria em 700 vagas de trabalho.
No sábado, ao participar de uma formatura num colégio, sofreu um infarto fulminante.
Morreu aos 50, sem ter conseguido completar o primeiro ano de governo. Deixa viúva e dois filhos, de 16 e 18 anos. O PMN, seu partido, tem agora apenas mais dois prefeitos em todo o Estado de SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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