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APARECIDO ANTÔNIO SATI
(1959-2009)
O sonho realizado, mas incompleto, de ser prefeito
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Era uma trajetória em ascensão. Em 2000, 547 casa-branquenses acreditaram em
Aparecido Antônio Sati e o
colocaram para trabalhar na
Câmara Municipal. Quatro
anos depois, o número pulou
para 764 eleitores -foi o vereador mais votado da cidade.
No ano passado, decidiu
perseguir seu grande sonho:
tornar-se prefeito de Casa
Branca, município de 27.081
habitantes no interior de SP.
Trocou o PMDB pelo pequenino PMN (Partido da
Mobilização Nacional) e se
lançou na disputa.
Com o apoio de 5.786 eleitores, o equivalente a 37,67%
dos votos válidos, Sati, "o homem do povo", assumiu a cadeira de prefeito no primeiro
dia deste ano. O segundo colocado teve 4.480 votos.
Era a hora de largar o emprego que mantinha havia algumas décadas na cidade, de
vendedor de tratores numa
concessionária, e se dedicar
só à administração pública.
Filho de agricultores, Sati
se formou técnico em contabilidade e trabalhou por anos
como caixa de banco. Na concessionária, costumava ganhar prêmios e viagens por
ser eleito o vendedor do ano.
Como prefeito, lutava para
levar uma indústria à cidade,
dizendo que isso resultaria
em 700 vagas de trabalho.
No sábado, ao participar de
uma formatura num colégio,
sofreu um infarto fulminante.
Morreu aos 50, sem ter conseguido completar o primeiro
ano de governo. Deixa viúva e
dois filhos, de 16 e 18 anos. O
PMN, seu partido, tem agora
apenas mais dois prefeitos em
todo o Estado de SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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