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Governo pára de pagar a obra na área do acidente
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador José Serra
(PSDB) confirmou ontem
que o Metrô suspendeu os
pagamentos ao Consórcio
Via Amarela pelas obras
da linha 4-amarela.
Serra atribuiu a medida
a uma inviabilidade técnica para medir o trecho que
desabou na sexta-feira. "À
medida que essa obra já
não existe, não se poderia
pagar a medição dela. E as
faturas chegam misturadas. Houve a suspensão
para fazer essa separação."
Ele disse que as obras
continuarão em outros
trechos e que os pagamentos serão feitos sempre
que forem apresentadas as
faturas com as medições.
Serra negou que o governo suspeite de negligência. "Não, absolutamente nada. Essa suspensão em si tem esse significado: não se poderia pagar
medição de obra que foi
destruída pelo acidente."
O governador disse que
a Defensoria Pública vai
colocar advogados à disposição das famílias das vítimas, "seja daqueles que foram deslocados de suas casas, seja daqueles que perderam seus parentes".
Serra afirmou que tem
levado aos parentes a "solidariedade do povo de São
Paulo", mas que essas famílias "evidentemente
não estão nada satisfeitas
com o que aconteceu".
O governador negou haver relação entre o acidente e o contrato do Estado
com o consórcio. "A PPP
[parceria público-privada]
refere-se à compra de
trens e à operação, não
tem nada a ver com essa
construção do Metrô."
O tucano disse também
que o Estado prestará todas as informações ao Ministério Público e ao IPT
(Instituto de Pesquisas
Tecnológicas) e que só depois disso se pronunciará
sobre as investigações.
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