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Ex-vendedor faz revolução cultural
DA SUCURSAL DO RIO
Na contramão da penúria chorada por outros comandantes, o coronel Édson Oliveira fez o Forte de
Copacabana ficar autossuficiente e até dar lucro. Gera mais de R$ 2 milhões
em receitas por ano, das
quais 70% voltam para a
unidade. Os outros 30% ficam para o Exército.
A receita, com autorização do comando, Oliveira
foi buscar com parceiros
interessados no cenário
que tinha para oferecer
em endereço nobre.
Hoje, há uma fila de interessados. É preciso um
filtro. O capitão Rein, gerente de eventos -cargo
inexistente na hierarquia
militar-, já recusou festa
rave GLS e show do Rappa,
com receio da "maresia"
(cheiro de maconha).
As inovações do Forte,
em vez de ciúmes, geraram proposta de parceria
com o "concorrente" Pão
de Açúcar, líder em visitas.
A administração do outro
ponto turístico propôs
propaganda de um sítio no
outro, uma vez que o bondinho fica na Praia Vermelha, área militar.
De origem humilde, Oliveira aos 14 anos vendia
aguardentes e sandálias na
rural zona oeste carioca.
Até a meia-idade, o museu
Quinta da Boa Vista, em
São Cristóvão, era a única
referência para o coronel
que fez uma revolução cultural no Forte de Copacabana, com 216 espetáculos
gratuitos por ano.
(RG e SC)
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