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SEGURANÇA
José Carlos Blat, cuja atuação é apurada pela Corregedoria da PM, deixa grupo que combate crime organizado em São Paulo
Promotor da máfia dos fiscais é afastado
DA REPORTAGEM LOCAL
Envolvido recentemente em
um episódio investigado pela
Corregedoria da Polícia Militar de
São Paulo, o promotor José Carlos
Blat foi afastado ontem do Gaeco
(Grupo de Atuação Especial de
Repressão ao Crime Organizado
do Ministério Público).
Sua saída foi publicada no "Diário Oficial" do Estado. Pela assessoria, o procurador-geral de Justiça, Luiz Antonio Guimarães Marrey, informou apenas que a saída
de Blat foi um "ato administrativo
de remanejamento interno".
Blat participou das investigações do caso da favela Naval, em
Diadema, em 1997, quando PMs
foram filmados espancando pessoas. Um homem foi morto a tiros. No Gaeco desde 1998, comandou ações como a que investigou
a máfia dos fiscais e o envolvimento de policiais no esquema de
corrupção montado pelo contrabandista de cigarros Roberto
Eleutério da Silva, o Lobão.
Blat aparece em uma apuração
da Corregedoria da PM sobre um
caso, ocorrido em 2003, no qual
PMs cedidos ao Ministério Público e promotores teriam usado
pessoas com "problemas na Justiça" em investigações. Marrey, porém, não confirmou se a saída de
Blat tem relação com o caso.
A atuação do corregedor da PM,
Paulo Máximo, também está sendo apurada. A atribuição para investigar um promotor é do procurador-geral de Justiça ou da Corregedoria do Ministério Público.
Blat não quis falar sobre o seu
afastamento. Ele passa a atuar como promotor criminal no fórum
da Barra Funda. Colegas afirmam
que Blat também não foi informado pela Procuradoria do motivo
de seu afastamento.
Em novembro, dois promotores foram afastados do Gaeco por
causa de uma entrevista do traficante Luiz Fernando da Costa, o
Fernandinho Beira-Mar, que foi
gravada pelo Ministério Público,
mas acabou sendo divulgada pela
TV Globo.
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