São Paulo, quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004

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ANIMAIS

Polícia apura ligação com SP

Brasília investiga morte de cangurus

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Zoológico de Brasília investiga a morte de dois cangurus do pescoço vermelho, ocorridas em 9 de janeiro e 5 de fevereiro. O laudo toxicológico apontou a presença do princípio ativo cumarínico, encontrado em raticidas, no estômago dos animais.
Um problema dificulta a apuração: o laudo não informa a quantidade da substância em partículas por milhão (PPM), dado necessário para determinar se a morte foi por envenenamento.
Conforme o diretor-presidente do parque, Raul Gonzalez Acosta, o laboratório responsável pelo exame jogou as amostras fora. Agora, o zoológico estuda a possibilidade de realizar novos exames a partir de material congelado.
A direção investiga ainda a possibilidade de morte por bactérias e até morte natural. O primeiro a morrer, Luke, tinha cinco anos e oito meses, e o segundo, Jumper, tinha três anos e seis meses. Segundo Acosta, que preside a associação nacional de zoológicos, a expectativa de vida é de 14 anos.
O delegado Clóvis Ferreira de Araújo, do GOE (Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil) de São Paulo, foi ontem a Brasília. Ele investiga a morte de 13 animais em São Paulo (no zoológico e no Zôo Safari) e quer apurar se há ligação entre os casos.
O Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou ontem um inquérito civil para acompanhar o caso. Amanhã, uma equipe do órgão irá visitar o parque.
"Nós estávamos acompanhando isso como um caso criminal, mas a reiteração das mortes mostrou que talvez pudesse haver algum trabalho preventivo. Será que estão mesmo sendo tomadas todas as providências para evitar essas mortes?", questiona o promotor Carlos Alberto de Salles, da Promotoria do Meio Ambiente.


Colaborou o "Agora"


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