São Paulo, sábado, 18 de fevereiro de 2006

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ENERGIA

Relógios devem ser atrasados em uma hora em dez Estados (RJ, ES, SP, MG, GO, MT, MS, RS, SC e PR), além do Distrito Federal

Horário de verão acaba hoje à meia-noite

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O horário de verão termina à meia-noite de hoje, quando os relógios deverão ser atrasados em uma hora nos Estados do Rio de Janeiro, do Espírito Santo, de São Paulo, de Minas Gerais, de Goiás, do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, além do Distrito Federal. O horário de verão começou em 16 de outubro do ano passado.
Apesar de se chamar "horário de verão", a medida, adotada há 75 anos no país, nunca esteve relacionada com a duração exata desta estação do ano. Os técnicos do governo avaliam um período específico do ano -que começa na primavera e termina antes de o verão acabar- em que o tempo de luminosidade do dia aumenta mais e pode proporcionar mais economia de energia.
Tecnicamente, o horário de verão é adotado porque nessa época do ano há maior aproveitamento da iluminação solar. Isso acontece porque, em locais mais distantes da linha do Equador, o período de luminosidade natural varia de acordo com a posição da Terra em relação ao Sol. Esse tipo de variação não acontece nas regiões próximas à linha do Equador, razão pela qual o horário de verão normalmente não é adotado nas regiões Norte e Nordeste.
O principal argumento do governo para a implantação da medida é o aumento da qualidade de fornecimento, o que evita possíveis problemas nos equipamentos do sistema de transmissão e corte de energia no horário de maior consumo.
O horário de verão cria uma "defasagem" de uma hora no horário de pico e evita a coincidência com a carga dos consumos comercial e industrial. Esse tipo de consumo, mais pesado, normalmente começa a diminuir após as 18 horas.
Dados preliminares do Ministério de Minas e Energia mostram que a medida gerou redução de 4,6% na demanda por energia no Sudeste e no Centro-Oeste e de 5,6% no Sul. A demanda é a quantidade máxima de energia consumida em um determinado momento do dia, geralmente no horário de pico, entre as 17h e as 22h.
A quantidade de energia que deixou de ser consumida -2.225 MW- equivale à demanda de uma cidade de 4,5 milhões de habitantes. Para o governo, a meta foi "plenamente atingida".
Pelos cálculos do governo, a energia que deixou de ser consumida equivale à economia de R$ 2,34 bilhões. Ainda segundo o ministério, o Estado que apresentou a maior redução da demanda foi o Mato Grosso do Sul, com queda de 7,6% de carga total. Em São Paulo, essa redução foi de 4,8%.


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