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ENERGIA
Relógios devem ser atrasados em uma hora em dez Estados (RJ, ES, SP, MG, GO, MT, MS, RS, SC e PR), além do Distrito Federal
Horário de verão acaba hoje à meia-noite
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O horário de verão termina à
meia-noite de hoje, quando os relógios deverão ser atrasados em
uma hora nos Estados do Rio de
Janeiro, do Espírito Santo, de São
Paulo, de Minas Gerais, de Goiás,
do Mato Grosso, do Mato Grosso
do Sul, do Rio Grande do Sul, de
Santa Catarina e do Paraná, além
do Distrito Federal. O horário de
verão começou em 16 de outubro
do ano passado.
Apesar de se chamar "horário
de verão", a medida, adotada há
75 anos no país, nunca esteve relacionada com a duração exata desta estação do ano. Os técnicos do
governo avaliam um período específico do ano -que começa na
primavera e termina antes de o
verão acabar- em que o tempo
de luminosidade do dia aumenta
mais e pode proporcionar mais
economia de energia.
Tecnicamente, o horário de verão é adotado porque nessa época
do ano há maior aproveitamento
da iluminação solar. Isso acontece
porque, em locais mais distantes
da linha do Equador, o período de
luminosidade natural varia de
acordo com a posição da Terra
em relação ao Sol. Esse tipo de variação não acontece nas regiões
próximas à linha do Equador, razão pela qual o horário de verão
normalmente não é adotado nas
regiões Norte e Nordeste.
O principal argumento do governo para a implantação da medida é o aumento da qualidade de
fornecimento, o que evita possíveis problemas nos equipamentos do sistema de transmissão e
corte de energia no horário de
maior consumo.
O horário de verão cria uma
"defasagem" de uma hora no horário de pico e evita a coincidência
com a carga dos consumos comercial e industrial. Esse tipo de
consumo, mais pesado, normalmente começa a diminuir após as
18 horas.
Dados preliminares do Ministério de Minas e Energia mostram
que a medida gerou redução de
4,6% na demanda por energia no
Sudeste e no Centro-Oeste e de
5,6% no Sul. A demanda é a quantidade máxima de energia consumida em um determinado momento do dia, geralmente no horário de pico, entre as 17h e as 22h.
A quantidade de energia que
deixou de ser consumida -2.225
MW- equivale à demanda de
uma cidade de 4,5 milhões de habitantes. Para o governo, a meta
foi "plenamente atingida".
Pelos cálculos do governo, a
energia que deixou de ser consumida equivale à economia de R$
2,34 bilhões. Ainda segundo o ministério, o Estado que apresentou
a maior redução da demanda foi o
Mato Grosso do Sul, com queda
de 7,6% de carga total. Em São
Paulo, essa redução foi de 4,8%.
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