São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

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Disque-Denúncia vazou investigação, afirma delegado

ITALO NOGUEIRA
HUDSON CORRÊA
DO RIO

O delegado Cláudio Ferraz, que colaborou com a Operação Guilhotina, disse em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil que as investigações vazaram para policiais pelo Disque-Denúncia.
Segundo ele, um dos avisados foi o ex-subchefe operacional Carlos Oliveira, preso na semana passada -era o braço direito do ex-chefe da Polícia Civil Allan Turnowski.
Ferraz afirmou que, em janeiro de 2010, Oliveira questionou o policial Jorge Gerhard, chefe de investigações da Draco/IE a respeito de averiguações sobre a existência de milícias nas favelas Roquete Pinto e Borgauto.
Uma das acusações que pesam sobre Oliveira é a participação nesses grupos.
Segundo depoimento de Ferraz, a milícia mantinha "tentáculos operacionais" no Disque-Denúncia.
O coordenador do Disque-Denúncia, Zeca Borges, negou o vazamento de informações. "Não existe nenhum informante aqui dentro."
Borges disse que, apesar do contato constante com Ferraz, o delegado nunca lhe relatou a suspeita.

CAIXINHA
Relatório da PF aponta o envolvimento da antiga cúpula da Polícia Civil com a cobrança de propina de camelôs do centro da cidade.
Pelo documento, para que o camelódromo não fosse "alvo de repressão, mantendo-se na impunidade, existe uma "caixinha" visando pagamento de propina".
A presidente da associação dos camelôs, Rosalice Rodrigues Oliveira, negou que exista um esquema.
"Somos responsáveis pela manutenção do camelódromo. Se existe [propina], e acho que não existe, nós desconhecemos", afirmou.


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