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Com 2.160 alunos, escola no ABC tem apenas uma faxineira
DO "AGORA"
Os 2.160 alunos da escola estadual Visconde de Mauá, em
Mauá (ABC), têm apenas um
funcionário para limpar salas
de aula, pátio e outras dependências. A única faxineira trabalha das 6h às 15h. Só que a
unidade também tem curso noturno, com aulas até as 23h.
Segundo pais e funcionários,
o problema existe desde o início do ano letivo, quando a empresa responsável pelo serviço
cortou dois funcionários.
"Várias vezes o meu filho
contou que eles limparam a sala de aula, enquanto a professora varria. Já vi muita criança
com problema de asma e rinite,
porque não aguentam a poeira", conta Shirley Michelon,
mãe de um menino de dez anos.
"O Estado põe os nossos filhos
para limpar a escola, em vez de
aprender", diz Maria de Lourdes Kunghel, cujo filho está no
primeiro ano do ensino médio.
O problema ocorre em razão
de uma disputa entre a empresa que faz a limpeza e o Estado.
Sem falar em valores, o Grupo
Fortin diz ter feito o corte porque está recebendo menos do
governo. A empresa critica um
sistema de notas dado pela escola. Quanto menor a nota, menos verba a empresa leva.
O governo diz que a empresa
tem a obrigação de manter a escola limpa e que a redução da
verba é questão de justiça. Diz
ainda que, se alguma irregularidade for encontrada, pode rescindir o contrato da empresa.
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