São Paulo, quarta-feira, 18 de março de 2009

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Com 2.160 alunos, escola no ABC tem apenas uma faxineira

DO "AGORA"

Os 2.160 alunos da escola estadual Visconde de Mauá, em Mauá (ABC), têm apenas um funcionário para limpar salas de aula, pátio e outras dependências. A única faxineira trabalha das 6h às 15h. Só que a unidade também tem curso noturno, com aulas até as 23h.
Segundo pais e funcionários, o problema existe desde o início do ano letivo, quando a empresa responsável pelo serviço cortou dois funcionários.
"Várias vezes o meu filho contou que eles limparam a sala de aula, enquanto a professora varria. Já vi muita criança com problema de asma e rinite, porque não aguentam a poeira", conta Shirley Michelon, mãe de um menino de dez anos. "O Estado põe os nossos filhos para limpar a escola, em vez de aprender", diz Maria de Lourdes Kunghel, cujo filho está no primeiro ano do ensino médio.
O problema ocorre em razão de uma disputa entre a empresa que faz a limpeza e o Estado. Sem falar em valores, o Grupo Fortin diz ter feito o corte porque está recebendo menos do governo. A empresa critica um sistema de notas dado pela escola. Quanto menor a nota, menos verba a empresa leva.
O governo diz que a empresa tem a obrigação de manter a escola limpa e que a redução da verba é questão de justiça. Diz ainda que, se alguma irregularidade for encontrada, pode rescindir o contrato da empresa.


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