FÁBIO GRELLET
ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO

Cinco dias após uma sequência de três assaltos em Santa Teresa, bairro no centro do Rio, a Polícia Civil mobilizou 150 homens e um helicóptero em uma operação em duas favelas da região, nos morros do Fallet e do Fogueteiro. Um suposto criminoso morreu.
Segundo moradores, houve intensa troca de tiros e uma explosão, possivelmente de uma granada, quando os policiais entraram nas comunidades.
O objetivo, porém, nada teve a ver com os assaltos, diz a polícia. Os policiais tentavam prender ladrões de moto que atuam em bairros da zona sul que, segundo eles, moram nessas favelas. Das 9h30 às 15h30, um suposto traficante foi morto, quatro pessoas foram presas e outras 14, detidas para averiguação. Houve apreensão de 15 motos, uma pistola e drogas. Sobre os ladrões que agem em Santa Teresa, nenhuma novidade. Até ontem, só um rapaz de 14 anos havia sido preso.
"A investigação sobre os ladrões de moto começou há seis meses, com interceptações telefônicas, e essa operação já estava prevista antes dos assaltos", afirmou Ronaldo de Oliveira, diretor do Departamento de Polícia da Capital, que comandou a ação. Segundo ele, os assaltos estão sendo investigados pela 7ª DP, que nem participou da operação de ontem.
Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, classificou a política de sua pasta como "de proximidade" e destacou como marcas da gestão as "ocupações sociais" nas favelas Cidade de Deus, Santa Marta e Batam, que ganharam postos de policiamento comunitário. Essa aproximação, porém, não exclui operações como a de ontem, disse.


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