São Paulo, sexta, 18 de abril de 1997.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Secretário destitui comandante do 18º BPM

e free-lance para a Folha

O comandante do 18º BPM (Batalhão de Polícia Militar), em Jacarepaguá (zona oeste do Rio), tenente-coronel Maurício Ghedini, foi destituído ontem do cargo. Ele comandava o batalhão em que serviam PMs que espancaram moradores da Cidade de Deus.
Ao anunciar a destituição de Ghedini, o secretário de Estado da Segurança Pública, Nilton Cerqueira, disse que a decisão foi administrativa e que teria como objetivo preservar o tenente-coronel.
``Nós o estamos preservando, porque o que acontecer hoje, na área do 18º batalhão, vão imputar ao comando do coronel Ghedini'', disse Cerqueira.
O novo comandante do 18º BPM será o tenente-coronel Ronaldo Teixeira do Couto, que atuava na Escola Superior de Polícia Militar e deverá tomar posse na terça.
Mesmo com a perda do comando, Ghedini foi convocado para, na próxima terça-feira, prestar depoimento na CPI, instalada ontem oficialmente na Alerj (Assembléia Legislativa do Rio), para apurar ações violentas da polícia.
A partir das 13h de hoje, na Auditoria Militar, no Fórum do Rio, irão depor os seis policiais militares que teriam participado das cenas de espancamento de moradores da Cidade de Deus gravadas por um cinegrafista amador.
Exibidas na semana passada pela TV, as cenas provocaram a instalação da CPI. Na próxima terça, deverá comparecer para depor na CPI o major Álvaro Garcia, que comandou a ação de PMs na Cidade de Deus. Também na terça, será ouvido o tenente-coronel Victorindo Guedes, responsável pelo inquérito policial militar.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright 1997 Empresa Folha da Manhã