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Secretário
destitui
comandante
do 18º BPM
e free-lance para a Folha
O comandante do 18º BPM (Batalhão de Polícia Militar), em Jacarepaguá (zona oeste do Rio), tenente-coronel Maurício Ghedini,
foi destituído ontem do cargo. Ele
comandava o batalhão em que serviam PMs que espancaram moradores da Cidade de Deus.
Ao anunciar a destituição de
Ghedini, o secretário de Estado da
Segurança Pública, Nilton Cerqueira, disse que a decisão foi administrativa e que teria como objetivo preservar o tenente-coronel.
``Nós o estamos preservando,
porque o que acontecer hoje, na
área do 18º batalhão, vão imputar
ao comando do coronel Ghedini'',
disse Cerqueira.
O novo comandante do 18º BPM
será o tenente-coronel Ronaldo
Teixeira do Couto, que atuava na
Escola Superior de Polícia Militar e
deverá tomar posse na terça.
Mesmo com a perda do comando, Ghedini foi convocado para,
na próxima terça-feira, prestar depoimento na CPI, instalada ontem
oficialmente na Alerj (Assembléia
Legislativa do Rio), para apurar
ações violentas da polícia.
A partir das 13h de hoje, na Auditoria Militar, no Fórum do Rio,
irão depor os seis policiais militares que teriam participado das cenas de espancamento de moradores da Cidade de Deus gravadas
por um cinegrafista amador.
Exibidas na semana passada pela
TV, as cenas provocaram a instalação da CPI. Na próxima terça, deverá comparecer para depor na
CPI o major Álvaro Garcia, que comandou a ação de PMs na Cidade
de Deus. Também na terça, será
ouvido o tenente-coronel Victorindo Guedes, responsável pelo inquérito policial militar.
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