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São Paulo, domingo, 18 de maio de 2003

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PATRIMÔNIO

Mesmo tombadas, relíquias arquitetônicas das ferrovias do Vale do Paraíba se encontram em péssimo estado

Estações de trem sofrem com abandono desde 1996

FABIANA CORRÊA
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE

A indefinição criada pela privatização, em 1996, da rede ferroviária que corta o Vale do Paraíba tem provocado o abandono de estações consideradas patrimônio histórico.
Das 46 estações existentes na região, três são tombadas pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo). Mesmo assim, elas se encontram em péssimo estado de conservação. Cinco estão operando, enquanto 17 foram demolidas e dez estão fechadas ou abandonadas -o restante é usado para outras finalidades, como abrigar órgãos públicos.
O abandono se agravou a partir da década de 50, com a implantação da via Dutra e a privatização da malha da RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.), comprada pela MRS Logística.
Hoje, a MRS, a RFFSA (cujo processo de liquidação ainda está em andamento) e as prefeituras dividem a posse e a conservação das estações. Como a RFFSA e a MRS não demonstram interesse na recuperação das estações, muitas prefeituras passaram a lutar, inclusive na Justiça, para reaver a posse dos imóveis.
Hoje, no Vale do Paraíba, o transporte ferroviário de passageiros é feito somente em Pindamonhangaba e Campos do Jordão, com finalidade turística. A MRS estuda participar da restauração de duas estações tombadas -em Cachoeira e Guaratinguetá-, que não são administradas pela empresa.


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