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Remédio para diabético e hipertenso
terá subsídio a partir de setembro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pacientes com hipertensão e
diabetes devem, a partir de setembro deste ano, contar com subsídio do governo federal para a
compra de medicamentos em farmácias e encontrar os produtos
em locais de atendimento do SUS
(Sistema Único de Saúde).
Até lá, o Ministério da Saúde
pretende lançar um programa em
que a União arcará com os custos
de 14 medicamentos destinados a
esses pacientes. Também serão
desenvolvidas campanhas de estímulo a mudanças alimentares da
população e de incentivo à prática
de atividades físicas.
O objetivo é tentar prevenir as
duas doenças, além de controlar
os casos, evitando internações ou
complicações. Estima-se que entre 20% e 25% da população brasileira com mais de 20 anos seja
hipertensa. Até o mês passado,
eram 7,7 milhões de hipertensos
cadastrados na rede pública.
Calcula-se que cerca de 11% da
população acima de 40 anos tenha diabetes, o que corresponde a
4,6 milhões de brasileiros.
O ministério ainda está finalizando os cálculos do gasto total
com a compra dos medicamentos. O Orçamento deste ano já
prevê R$ 100 milhões para adquirir três remédios do programa de
combate à hipertensão.
A rede pública oferece atualmente remédios para hipertensos
e pessoas com diabetes, mas, como a responsabilidade pela compra e distribuição é dividida com
Estados e municípios, às vezes há
falta de produtos.
Segundo o ministro da Saúde,
Humberto Costa, a idéia é que o
programa passe a funcionar como o tratamento de Aids, por
exemplo. Ou seja, o governo federal compra e distribui os medicamentos para Estados e municípios, que ficam responsáveis pela
execução do programa.
"O fato de ter um único responsável, no caso o ministério, garante maior controle social. A população saberá de quem cobrar caso
falte o medicamento", disse Costa
por telefone à Folha.
O ministro está em Genebra
(Suíça), onde participa da 57ª Assembléia Mundial de Saúde, que
acontece até o próximo sábado.
De acordo com Costa, além da
distribuição gratuita no SUS, os
medicamentos para esses pacientes serão comercializados pelo
preço de custo em farmácias populares (a serem lançadas pelo
governo). Em redes de farmácias
comerciais, a proposta é que o
preço seja 50% menor que o valor
mais baixo cobrado no mercado.
O subsídio está sendo negociado com os laboratórios que fabricam os medicamentos.
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