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HABITAÇÃO
Prefeitura entrega no próximo mês primeiros prédios de condomínio erguido ao lado de favela na marginal Tietê
Morador pagará aluguel no Parque do Gato
DA REPORTAGEM LOCAL
A partir de junho, os 500 mil
motoristas que diariamente circulam pela marginal Tietê vão poder comparar obras de Marta Suplicy (PT) -a transformação da
favela do Gato em condomínio
popular- e Paulo Maluf (PP)
-os Cingapuras construídos ou
iniciados em sua gestão (93-96),
perto das pontes do Limão e da
avenida Cruzeiro do Sul.
A Secretaria Municipal da Habitação e Desenvolvimento Urbano
(Sehab) promete fazer, até o fim
de junho, a mudança das primeiras 250 famílias para os prédios
que estão sendo finalizados a alguns metros da favela do Gato, na
região central de São Paulo.
O conjunto de barracos situado
do lado oposto do centro de exposições e do hotel do Anhembi já
foi cenário de inúmeros incêndios
e alvo de várias enchentes.
No primeiro turno
Até o fim de outubro, mês em
que será realizado o primeiro turno da eleição municipal, o resto
dos 486 apartamentos deverá ser
ocupado. A prefeita Marta Suplicy (PT) é candidata à reeleição.
Além dos edifícios, a previsão é
que a área de 175 mil metros quadrados abrigue uma creche para
200 crianças (bancada pela rede
Accor de hotéis), um Telecentro
(parceria da prefeitura com a Telefônica para oferecer cursos de
informática e terminais de acesso
à internet), um parque às margens do rio Tietê -onde hoje estão barracos-, áreas de lazer e
prática de esporte (incluindo pistas de cooper, skate, trilhas, quadras, campo de bocha e parque
infantil), um posto de primeiros
socorros, entre outros.
O condomínio, batizado de Parque do Gato, vai incorporar ainda
o Centro Esportivo Municipal que
abriga o estádio de beisebol Mie
Nishi, o qual será reformado.
Segundo o secretário da Habitação, Marcos Barreto, todas as melhorias deverão estar finalizadas
até o fim do ano. As obras fazem
parte do Morar no Centro, programa de revitalização residencial
da região central da capital paulista. Nelas estão sendo investidos
R$ 24 milhões (dos quais R$ 8 milhões vão para o parque). O financiamento é do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Os moradores da favela não serão proprietários dos apartamentos para onde vão se mudar. Como têm renda familiar média inferior a três salários mínimos, eles
não podem entrar em programas
de financiamento de imóveis populares e, por isso, vão pagar um
aluguel subsidiado pela prefeitura
-verdadeira dona dos prédios.
Valor do aluguel
Barreto diz que o aluguel ficará
entre 10% e 15% dos rendimentos
das famílias atendidas. A iniciativa de locação social é inspirada
num modelo já adotado em países europeus, afirma o secretário.
Ao todo, 11 áreas estão com projetos de construção ou reforma de
prédios para locação social no
centro de São Paulo, totalizando
1.900 unidades habitacionais.
Caso a família melhore de vida
enquanto estiver na locação social, poderá migrar para um programa de compra de imóvel.
No Parque do Gato, a prefeitura
se responsabilizará pela manutenção de áreas comuns, mas os
locatários pagarão uma "taxa mínima", diz Barreto. Segundo ele,
já há entidades trabalhando com
a população da favela para prepará-la a viver em condomínio.
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