São Paulo, terça-feira, 18 de maio de 2004

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LIXO

Data da desativação é adiantada

Usina de compostagem será fechada em setembro

MARIANA VIVEIROS
DA REPORTAGEM LOCAL

O fim da usina de compostagem da Vila Leopoldina (zona oeste) deve chegar mais cedo que o programado. Ontem, a Prefeitura de São Paulo anunciou que em vez de 2005, a desativação do equipamento ocorrerá em setembro -às vésperas das eleições.
Embora a prefeita Marta Suplicy (PT) tenha dito que estava "feliz de uma área tão degradada e que trouxe tantos aborrecimentos para a população poder se tornar um parque", há pouco mais de um mês, a posição da administração municipal era diferente.
Em entrevista à Folha, o diretor do Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana), Fabio Pierdomenico, afirmou, em março, que o fechamento poderia trazer o colapso ao sistema de limpeza.
A mudança de posição pode ser atribuída a dois fatores: a insatisfação crescente dos vizinhos da usina e a pressão da Cetesb.
No início do ano, o órgão constatou que as melhorias feitas em 2003 para minimizar o mau cheiro da compostagem (transformação do lixo orgânico em adubo), principal reclamação, não tinham tido efeito. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente estava se preparando para interditar o local.
A presidente do Movimento Popular da Vila Leopoldina, Gláucia Mendonça Prata, 47, avalia que, após quase 12 anos de briga, os moradores -que fizeram um abaixo-assinado com quase dez mil adesões- obtiveram a tão esperada vitória.
Segundo a Secretaria de Serviços e Obras (SSO), a antecipação da desativação foi decidida porque estudos mostraram a viabilidade econômica e ambiental.
Hoje, os titulares da SSO e das secretarias estadual e municipal do ambiente se reúnem para formalizar o calendário de fechamento. A usina deve virar parque.


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