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BARBARA GANCIA
Ronaldo e Cicarelli estréiam hoje nos cinemas
Alguém sabe afirmar se, lá
nos EUA, o pessoal também
achou um despropósito o Sylvester Stallone e o Tom Cruise carregarem a tocha olímpica? Algo me
diz que não. Mas por que então
nós sempre encontramos motivo
para chiar?
Terá sido a visão do símbolo
olímpico nas mãos de um exército
de executivos da área de telefonia
celular (profissionais que tomaram o lugar de vedete que pertencia aos publicitários) a estragar a
festa do revezamento da tocha?
Se aquele catatau do Rambo
pode desfilar com a tocha, por que
a Daniela Cicarelli não pode? Está certo que ninguém mais
agüenta esportistas que façam
uso dos métodos ensinados pela
"escola David Beckham de marketing". Mas não será dor-de-cotovelo reclamar da presença da
modelo no desfile?
Afinal, o casal Daniela Cicarelli
e Ronaldo Fenômeno está em superevidência no momento. Até
filme de Hollywood os dois estão
estrelando. Quem quiser conferir,
que vá hoje à estréia. Ronaldo e
Daniela estarão nas melhores salas de cinema do país. Ele como
Shrek e ela como princesa Fiona.
Quer apostar um picolé de limão como é capaz de o laudo
da Unicamp constatar que a letra
da missiva endereçada à Union
des Banques Suisses não é de Paulo Salim Maluf? Não discuto a assinatura da carta, mas, que eu
saiba, todo libanês que se preze
fala bem o francês. Se o ex-prefeito tivesse escrito a carta ao banco
suíço de próprio punho, não seria
mais fácil para ele redigi-la
em francês?
Nunca se ouviu contar de alguém que depositasse US$ 300
milhões em um banco, em nome
de outra pessoa, só para incriminá-la. E se a vítima tomasse conhecimento do fato e resolvesse
transferir a dinheirama? Mas, até
que a investigação sobre as contas
de Maluf no exterior seja concluída, a prudência recomenda que
se economize em carnaval.
Em um país onde há quem se
disponha a espionar o governo
por R$ 2.500 ao mês, a quantia de
R$ 300 mil pode parecer uma
enormidade. É o montante que o
Fundo Nacional de Cultura irá
desembolsar para realizar a Festa
Literária Internacional de Paraty, sucesso retumbante em
2003. Outros R$ 2,47 milhões serão gastos por patrocinadores. Levando-se em conta o retorno para
a cidade e a repercussão de um
evento desses, R$ 300 mil são pechincha. Representam 0,15% da
verba do Ministério da Cultura.
Para receber Paul Auster, Margaret Attwood e Martin Amis.
QUALQUER NOTA
Infâmia consentida
Alô, governadora Rosinha Matheus! A senhora, que é tão pia,
vai deixar passar em branco a
surpreendente declaração de
seu secretário de Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, de que alguns
jornais precisam "passar por
um episódio como aquele do
Tim Lopes" para refletir sobre
a realidade?
Vaga preenchida
Caetano Veloso pode ir tranqüilo fazer todos os disquinhos
de música estrangeira que desejar. Com seu novo CD, "Saiba",
Arnaldo Antunes demonstra
estar mais do que apto a ocupar
o posto vacado pelo tropicalista
de poeta pensante da MPB.
E-mail - barbara@uol.com.br
www.uol.com.br/barbaragancia
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