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VIOLÊNCIA
Vítima foi atacada por um casal e morreu ao cair do sétimo andar
Suíço é torturado e morto no Rio
Reprodução
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O suíço Reto Franz Ullmann |
TALITA FIGUEIREDO
ALESSANDRO FERREIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O professor suíço Reto Franz
Ullmann, 56, foi morto anteontem à noite no Rio, ao ser supostamente empurrado da janela de
seu apartamento no Leme (zona
sul da cidade). De acordo com a
polícia, Ullmann foi torturado antes de ser morto. A polícia encontrou no apartamento um tablete
de 600 g de maconha prensada.
O crime foi registrado como latrocínio, mas a polícia investiga
outras hipóteses. O delegado Fernando Veloso, que registrou o caso, informou que os assassinos teriam uma motivação por causa da
crueldade. Segundo ele, o professor foi "muito torturado".
O apartamento, do sétimo andar do prédio da rua Gustavo de
Sampaio, foi totalmente revirado.
O cofre estava aberto, havia roupas e objetos jogados. Marcas de
sangue foram encontradas em todos os cômodos.
Ataque
Ullmann teria sido assassinado
por um casal que chegou ao prédio por volta das 18h. Segundo a
polícia, o professor teria autorizado a subida do casal.
Apesar de ter sido encontrada
grande quantidade de maconha, a
polícia não acredita que o crime
tenha relação com o tráfico, mas
supõe que a droga fosse para consumo do professor.
Antes de ser jogado, Ullmann
foi amordaçado e sufocado com
fios de telefone, além de ter os dedos das mãos quebrados e partes
do corpo cortadas a faca. O professor foi atirado no pátio interno.
O casal teria levado objetos de
valor e documentos que estavam
no cofre. O porteiro teria aberto a
porta para o casal em fuga por ter
ficado assustado com a morte.
Minutos antes de o professor ser
jogado, vizinhos teriam reclamado de uma discussão no apartamento. Segundo eles, baques no
chão e nas paredes indicavam luta. Gritos foram ouvidos.
As fitas de vídeo do circuito interno de TV do edifício foram entregues à polícia.
Ullmann morava no Rio desde
1999, mas viajava constantemente
para a Europa. Da última viagem,
para a Suíça, ele chegou dois dias
antes de morrer. Segundo funcionários do prédio, Ullmann nunca
criou problemas.
O professor costumava receber
muitos alunos em seu apartamento, onde lecionava alemão.
Ullmann teria uma companheira, que tinha a chave do apartamento e que se chamaria Regina.
Ele não teria parentes no país.
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