São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2008

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entrevista

Estado diz que greve tem pequena adesão

DA REPORTAGEM LOCAL

Maria Auxiliadora Albergaria, assessora técnica da Secretaria de Estado da Educação, diz que o decreto com mudanças para os professores tem como objetivo melhorar o ensino. (RW)

 

FOLHA - Como a Secretaria da Educação vê a greve?
MARIA AUXILIADORA ALBERGARIA -
Não é uma greve grande. Pedimos aos pais que levem os filhos às escolas, porque os professores estão lá. É justo que façam suas reivindicações, mas não podem prejudicar os alunos. Depois, será preciso repor as aulas. Isso atrapalha a vida das famílias.

FOLHA - Por que os professores não aceitam o decreto?
ALBERGARIA -
Pelo que vi, quem mais está entrando na greve são os professores temporários. O decreto cria uma prova para os temporários, que não têm vínculo permanente com o Estado. Mas a prova será classificatória [determinará a ordem dos docentes que terão preferência na hora de escolher turmas no início do ano], e não eliminatória. Isso é importante, temos de avaliar o conhecimento do professor. O conteúdo da prova vai ser o que o professor está trabalhando com os alunos. Não vemos problema. O sindicato acha que haverá dispensa de professores. A idéia não é essa. Mas pode ocorrer, se houver mais professor que vaga.

FOLHA - E a nova restrição às transferências?
ALBERGARIA -
Um limite é necessário para as remoções [transferências] e para as substituições. Queremos que o professor [efetivo] só faça substituições quando o período de substituição for igual ou superior a 200 dias letivos, quase um ano letivo. Essa menor rotatividade provoca menos prejuízo aos alunos. O sindicato também não gostou do fato de o professor que teve dez dias de faltas no ano anterior não poder fazer substituições.

FOLHA - O sindicato não foi consultado sobre as mudanças?
ALBERGARIA -
Naquele momento, de fato não foram consultados. Ouvimos muito a rede de ensino, não as entidades de classe. Fizemos muitos diagnósticos, que apontaram para a necessidade de diminuir a rotatividade e as faltas. O decreto e a lei [que limitou as faltas] vieram para resolver a questão.

FOLHA - Quando a greve acaba?
ALBERGARIA -
Esperamos que o mais cedo possível.


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