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ARDY ANTONIO VEDANA (1928-2009)
Hardy Vedana, clarinetista e pesquisador musical
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Nasceu em Erechim (RS),
no fim dos anos 20, e ganhou
o nome de Ardy Antonio Vedana. Virou músico, tentou
alguns instrumentos antes,
mas descobriu que seu negócio era assoprar clarinete.
Inspirado nos filmes americanos de que tanto gostava,
como lembra a mulher, Gilá,
adotou nome artístico, alterando sutilmente o original:
tornou-se Hardy Vedana.
Além de tocar, foi pesquisador musical em Porto Alegre,
para onde se mudou no início
dos anos 40. Integrou a banda
municipal e vários outros
grupos locais. Rodou o Sul se
apresentando em bailes e
chegou a gravar discos.
Nos anos 60, subiu na carroceria de um caminhão,
acompanhado de uma banda,
e saiu pelas ruas para promover uma loja de confecção. A
estratégia de marketing funcionou muito bem, diz Gilá.
Em casa, deixou milhares
de partituras. Também tinha
um coleção de carteiras de cigarro, que acabou vendendo
por não ter espaço para acomodar tanta "bugiganga",
brinca a mulher.
Conheceu de perto as primeiras rádios do Estado -como Difusora, Gaúcha e Farroupilha- e lançou livros:
"Jazz em Porto Alegre" e "A
Elétrica e os Discos Gaúcho",
entre outros. Também presidiu o Sindicato dos Músicos
de Porto Alegre. "Ele queria
que o músico fosse uma categoria mais respeitada."
Hardy morreu no domingo,
um dia após completar 81
anos, vítima de uma isquemia. Deixa viúva, uma filha,
quatro netos e um bisneto -o
segundo está por vir.
obituario@grupofolha.com.br
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