São Paulo, quinta-feira, 18 de junho de 2009

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ARDY ANTONIO VEDANA (1928-2009)

Hardy Vedana, clarinetista e pesquisador musical

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Nasceu em Erechim (RS), no fim dos anos 20, e ganhou o nome de Ardy Antonio Vedana. Virou músico, tentou alguns instrumentos antes, mas descobriu que seu negócio era assoprar clarinete. Inspirado nos filmes americanos de que tanto gostava, como lembra a mulher, Gilá, adotou nome artístico, alterando sutilmente o original: tornou-se Hardy Vedana.
Além de tocar, foi pesquisador musical em Porto Alegre, para onde se mudou no início dos anos 40. Integrou a banda municipal e vários outros grupos locais. Rodou o Sul se apresentando em bailes e chegou a gravar discos. Nos anos 60, subiu na carroceria de um caminhão, acompanhado de uma banda, e saiu pelas ruas para promover uma loja de confecção. A estratégia de marketing funcionou muito bem, diz Gilá.
Em casa, deixou milhares de partituras. Também tinha um coleção de carteiras de cigarro, que acabou vendendo por não ter espaço para acomodar tanta "bugiganga", brinca a mulher. Conheceu de perto as primeiras rádios do Estado -como Difusora, Gaúcha e Farroupilha- e lançou livros: "Jazz em Porto Alegre" e "A Elétrica e os Discos Gaúcho", entre outros. Também presidiu o Sindicato dos Músicos de Porto Alegre. "Ele queria que o músico fosse uma categoria mais respeitada." Hardy morreu no domingo, um dia após completar 81 anos, vítima de uma isquemia. Deixa viúva, uma filha, quatro netos e um bisneto -o segundo está por vir.

obituario@grupofolha.com.br


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