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Osklen convoca Carnaval, mas não cai no samba
ALCINO LEITE NETO
EDITOR DE MODA
VIVIAN WHITEMAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Com um dos temas mais explorados da cultura brasileira, o
Carnaval, a grife carioca Osklen
abriu ontem os desfiles da temporada primavera-verão 2010
da SPFW.
A coleção, batizada de "Samba", acertou em diversos quesitos. Usou bem as cores -um
dos desafios ligados ao tema-,
com uma cartela de tons quentes lavados e dourados. Também caprichou nos materiais,
que foram da renda ao chamois.
Trabalhou ainda com desconstruções feitas a partir dos
shapes clássicos da camiseta,
criando múltiplas sobreposições de transparências em vestidos e túnicas. Algumas deram
certo, outras ficaram aquém do
know-how da marca. Para os
"bottoms", não foi muito além
das leggings e das bermudas.
No conjunto, ficou a impressão de que a grife segurou o
samba. A contenção em excesso não deixou explodir a bateria
-que até na trilha sonora apareceu abafada, como se estivesse distante.
O espírito "sportswear chique" da Osklen, mais contido e
antenado com certo gosto global, desta vez entrou em embate com o tema -o carnavalesco,
afinal, pede o desregramento
dos sentidos. No jargão dos
sambistas, pode-se dizer que a
escola "passou bonita", mas ficou devendo aquele brilho extra para a nota 10.
Avaliação: sucesso
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