Moradores da Pompeia temem que trânsito no bairro piore ainda mais

Obras viárias e alargamento de avenida foram exigências da prefeitura para aprovar projeto do novo estádio

DE SÃO PAULO

Mesmo sem saber se será escolhido como sede paulistana da Copa 2014, o Palmeiras já iniciou a reforma de seu estádio.
A reforma do estádio Palestra Itália, que hoje tem capacidade para cerca de 28 mil pessoas e vai passar a receber 45 mil, preocupa moradores da região da Pompeia (zona oeste de SP).
A obra começa em julho -a parte social já está em reforma- e a previsão é que esteja pronta em 2013.
Para Maria Antonieta Lima e Silva, presidente da Associação Amigos de Vila Pompeia, a ampliação vai agravar os problemas de trânsito da região, apesar da chegada de uma nova linha de metrô (veja quadro ao lado).
"Precisa de uma área para fazer a contenção das pessoas que vão para o estádio, como tem no Morumbi. O projeto não prevê isso."
A prefeitura aprovou o projeto da arena com exigências para que os investidores façam obras no entorno para melhorar o tráfego.
Entre elas estão o alargamento da calçada da avenida Francisco Matarazzo em 1 m e obras viárias na rua Padre Antonio Thomaz e na praça Marrey Jr., além da revitalização de praças na região.
A construtora WTorre, que vai explorar a futura arena do Palmeiras, também vai fazer estacionamentos com cerca de 1.300 vagas, que poderão ser alugadas por moradores.
A presidente da associação de moradores do bairro reclama das exigências da prefeitura e da forma como elas foram aprovadas.
"Conseguiram em 15 dias a aprovação de um projeto de polo gerador de tráfego sem certidão de impacto de vizinhança", afirmou. A certidão não era exigida por lei quando a proposta foi aprovada.
Além de sediar os jogos da Copa-14 e do Palmeiras, a arena vai receber shows e outros eventos. Em Pirituba, está prevista a construção de outra arena para cerca de 40 mil pessoas.


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