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Quadrinhos serão usados para discutir sexualidade em escola
Governo pretende falar de direitos sexuais com uma linguagem próxima dos jovens
DE BRASÍLIA
Histórias em quadrinhos
sobre temas ligados à sexualidade chegarão nas próximas semanas a escolas públicas de todo o país.
A iniciativa é do governo
federal e da Unesco (braço da
Organização das Nações Unidas para educação e cultura).
São seis gibis, voltados a
alunos de 13 a 24 anos, que
trazem entre os personagens
um gay, um jovem homofóbico, uma adolescente grávida
e outra com HIV.
As histórias mostram, por
exemplo, as tensões de um
adolescente que assume sua
homossexualidade e casos
de aborto e gravidez precoce.
Um dos ilustradores dos
gibis é Eddy Barrows, desenhista do "Superman".
Segundo o governo, o objetivo do material é discutir
direitos sexuais com uma linguagem próxima dos jovens.
O ministro José Gomes Temporão afirmou que o governo
tirou vários "véus" que estão
"cobrindo a realidade".
"Tem muito preconceito,
muita intolerância e muito cinismo", afirmou.
As publicações procuram
usar termos informais. "Pra
mim todo homem tem um desejo escondido por outros homens", diz um jovem homossexual. "Também não vamos
exagerar, né mano... Isso
também é preconceito", pondera um amigo.
Em outras passagens, porém, as situações soam artificiais. Em uma delas, um garoto diz que quer montar um
grupo para falar sobre álcool
e outras drogas. Um colega
comenta: "Cara, que ideia legal! Podemos até chamar os
pais para discutir sobre beber em casa, na frente das
crianças, e antes de dirigir".
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