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ONGs denunciam à ONU situação dos detentos de Araraquara
DA FOLHA RIBEIRÃO
As condições precárias vividas por 20 dias pelos cerca de
1.440 presos do Anexo de Detenção Provisória de Araraquara foram descritas na denúncia
de tortura que foi encaminhada
à ONU (Organização das Nações Unidas) na semana passada. Durante o período, os detentos permaneceram confinados em um espaço para apenas
160 pessoas.
A ação foi elaborada pelo Movimento Nacional dos Direitos
Humanos, pela ONG Justiça
Global, pela Pastoral Carcerária do Estado e pela Comissão
dos Direitos Humanos da OAB
(Ordem dos Advogados do Brasil), entre outras entidades da
sociedade civil.
Segundo o diretor de Relações Internacionais da ONG
Justiça Global, Carlos Eduardo
Gaio, a ONU foi acionada para
pressionar o governo federal e
estadual a tomar providências
em relação aos presos.
Os detentos ficaram confinados no Anexo de Detenção Provisória de Araraquara depois de
uma série de rebeliões que destruíram quatro pavilhões da
penitenciária. Os 1.440 presos
ficaram então em um único setor, que teve sua porta lacrada.
Remédios e comida eram jogados pelo teto, por onde os presos com ordem para serem soltos precisavam ser içados para
deixar o local.
Ontem, a Secretaria da Administração Penitenciária
transferiu dez presos de lá para
outras unidades do Estado. Até
o final desta semana, o órgão
precisa realizar mais 90 remoções, segundo determinação do
juiz-corregedor Gilberto Passos de Freitas.
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