São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 2006

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ONGs denunciam à ONU situação dos detentos de Araraquara

DA FOLHA RIBEIRÃO

As condições precárias vividas por 20 dias pelos cerca de 1.440 presos do Anexo de Detenção Provisória de Araraquara foram descritas na denúncia de tortura que foi encaminhada à ONU (Organização das Nações Unidas) na semana passada. Durante o período, os detentos permaneceram confinados em um espaço para apenas 160 pessoas.
A ação foi elaborada pelo Movimento Nacional dos Direitos Humanos, pela ONG Justiça Global, pela Pastoral Carcerária do Estado e pela Comissão dos Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), entre outras entidades da sociedade civil.
Segundo o diretor de Relações Internacionais da ONG Justiça Global, Carlos Eduardo Gaio, a ONU foi acionada para pressionar o governo federal e estadual a tomar providências em relação aos presos.
Os detentos ficaram confinados no Anexo de Detenção Provisória de Araraquara depois de uma série de rebeliões que destruíram quatro pavilhões da penitenciária. Os 1.440 presos ficaram então em um único setor, que teve sua porta lacrada. Remédios e comida eram jogados pelo teto, por onde os presos com ordem para serem soltos precisavam ser içados para deixar o local.
Ontem, a Secretaria da Administração Penitenciária transferiu dez presos de lá para outras unidades do Estado. Até o final desta semana, o órgão precisa realizar mais 90 remoções, segundo determinação do juiz-corregedor Gilberto Passos de Freitas.


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